Ei, tu que semeias a discórdia em nome da vaidade! Ei, tu que vives para te prestigiar diante de quem desejas bajular, sempre procurando a falha do outro… especialista numa espécie de adulação orgânica… infelizes, teus incautos seguidores abaixam-se e deixam, tolos, que cuspas em cima… as moscas que rondam seus olhos, para eles, são exóticas borboletas.
Teus ouvidos, alimentados por tuas próprias e belas palavras, bem como pelas daqueles que ainda acreditam que tua selvageria sofisticada os irá salvar de algum perigo insuspeito, estão obstruídos por tua aparente confiança… tu que és a própria desagregação.
Aceitas críticas e opiniões apenas quando aceitá-las melhora teu conceito diante de quem desejas bajular. Mesquinhez de alma, parece que não te bastas e desejas sugar a vida dos outros. Espécie de vampiro urbano. Infeliz.
Despeja tua fúria no ralo da própria miséria existencial, ignorante, pois não aprendeste a amar… o que chamas de amor é tão somente luxúria e concupiscência, atendendo aos teus caprichos. ‘Caridade’, tão somente soberba, orgulho doentio de quem procura convencer a si e a outrem de que acredita e respeita algo além de si mesmo. A quem pensas enganar quando mendigas a quem quer que seja, tua santíssima e profana celebração?
Os elementos com os quais julgas estar construindo uma escada para o grande e inabalável sucesso e vitória são os dejetos, o lixo e a podridão que emergem a cada dia da tua vida, resultado das tuas ações; elementos com os quais tua alma prenhe de inflamações constrói uma ponte para o incurável abismo da egolatria incurável.