As alterações climáticas são consideradas uma das maiores ameaças à saúde pública da nossa atualidade. Quanto mais ela avança, mais o planeta e os seu habitantes sofrem as consequências. E em um mundo globalizado, o impacto negativo das mudanças climáticas não são sentidos apenas em uma localidade, os efeitos são sentidos por todos nós.
Devido ao aumento das frequências de incêndios florestais, estes eventos tornam-se fatores de poluição do ar através das partículas de biomassa queimadas. Logo, a associação de altas temperaturas e exposição à poluição, criam uma combinação perigosa que ameaça a saúde humana, com aumento de risco de mortalidade.
Pesquisadores da University of Southern California analisaram mais de 1,5 milhões de obituários combinados com análise de dador de qualidade do ar entre o período de 2014 e 2019 e perceberam um aumento no risco de morte de 21% justamente nos dias em que a California vivenciou calores extremos combinados com altas concentrações de poluentes no ar.
Nos dias em que a temperatura estava elevada e a qualidade do ar estava dentro da normalidade, o aumento experimentado foi de apenas 6%. E nos dias em que não havia calor extremo mas somente altas concentrações de poluição suspensas, o aumento de morte foi de 5%.
Os principais riscos à saúde são: problemas cardiovasculares e respiratórios, inflamação sistêmica e estresse oxidativo.Pessoas acima dos 75 anos são mais propensas a morrer nos dias de calor extremo combinado com altos níveis de poluição do ar.
O clima está mudando e estas mudanças são prejudiciais à nossa saúde, afetando uns mais que os outros e nos obriga a pensarmos em soluções políticas que devem ser implementadas para nos proteger.