A ditadura se apresenta de várias formas. Mas seja qual for, ela é imposta através da forca e do terror. Aqui em nosso país, passamos pela experiência de uma ditadura exercida pelo poder militar entre os anos de 1964 e 1980, exercida através da forca e do terror.
Lembro que todo cidadão era suspeito. Bastava ter um amigo, conhecido, colega de trabalho ou vizinho no bairro de residência suspeito que já era motivo para ser preso, torturado e até morto pelo regime repressivo que se manifestava através dos órgãos de repressão a época – Departamento de Operações Internas (DOI) e os Centros de Operações e Defesa Interna (CODI), entre outros clandestinos.
Nos dias atuais, a Ditadura se apresenta através do Poder Judiciário, leia-se STF, com as canetas dos imperadores Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Roberto Barroso e Gilmar Mendes – os principais. Utilizam-se dos órgãos repressores da Policia Federal, Polícia Militar e da Polícia Civil para intimidar, prender e praticar tortura psicológica contra todos aqueles que eles julgam “inimigos da democracia”, que praticam “atos antidemocráticos”, ou seja, qualquer cidadão é suspeito.
O devido processo legal deixou de existir, o promotor da ação, que é o Ministério Público também e a suposta vítima é que investiga, julga e pune. Agora prisões por crime de opinião atingem a todos – jornalistas e humoristas, deputados, prefeitos e vereadores – são condenados por crime de injúria ou calúnia.
Não se pode mais expressar o pensamento ou opinião divergente as dos imperadores do STF. Inventaram o crime de responsabilidade, apreendem passaportes e bloqueiam contas bancárias. O resgate do patriotismo e a luta por liberdade virou atentado à democracia. Se alguém ousar criticar um imperador do Supremo, não terá a quem recorrer. Ruy Barbosa previu.
Tudo isso acontece nas barbas do Poder Legislativo – leia-se Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, dois covardes que não honram os votos que os elegeram, traindo seus eleitorados e o povo brasileiro. Mas a covardia não se resume nos dois presidentes. São 81 senadores e 513 deputados que estão mais preocupados com os seus bolsos. Estão se auto concedendo reajustes salariais extensivos aos poderes Executivo e Judiciário neste fim de ano vão custar cerca de R$ 2,57 bilhões ao Orçamento de 2023. O aumento está sendo puxado pelo Judiciário, que terá 18% de reajuste até 2025. Com isso, o salário dos imperadores do STF, alcançará a quantia de R$ 46.366,19. Enquanto isso, o povão que ganha salário mínimo, os “perdeu mané”, vão pagar essa conta.