Espaço ao ar livre, amigos conversando, carne na churrasqueira… Ambiente perfeito para incluir o cachorro na festa e nem precisar levar a ração, pois é possível oferecer um pouco de churrasco ao pet, correto? Na verdade, não.

Os cães são carnívoros, no entanto, durante o processo de domesticação, eles foram adaptados a dietas com maior teor de carboidratos, não havendo mais a necessidade de uma alimentação 100% à base de proteína animal. No churrasco, o grande problema são os temperos associados, especialmente o alho e a cebola, que contém substâncias tóxicas aos cães.

O melhor a se fazer é deixar a carne de churrasco fora do dieta dos cães. Isso porque a falta de hábito, associada ao excesso de gordura do alimento, pode provocar quadros de diarreia e até pancreatite, em casos mais graves.

Além disso, o resultado pode ser ainda mais complicado se a carne estiver temperada. Elas podem provocar danos hepáticos e renais graves. Outro risco é a ingestão de ossos pequenos, ou que são facilmente quebráveis, uma vez que, ao serem partidos com a mordida, podem se formar pontas afiadas. E, uma vez ingeridas, elas podem perfurar o esôfago, estômago e intestinos, levando a engasgos, quadros de infecção e, em casos mais extremos, peritonite e morte.

Se o cachorro ingerir carne de churrasco acidentalmente, o tutor deve ficar de olho nos sintomas apresentados pelo animal e, caso haja qualquer alteração, ou mesmo engasgo, procurar um médico-veterinário.

Para quem não abre mão de incluir o pet nas reuniões familiares, uma alternativa é oferecer a carne assada, porém sem sal ou qualquer outro tempero e, mesmo assim, como um petisco, em pequenas quantidades, e não como uma refeição principal.

A dica só vale para os pets acostumados com tal dieta. Se for um cachorro adepto da alimentação natural, o tutor pode dar a carne assada na churrasqueira sem temperos, desde que ela seja a mesma da dieta já consumida pelo pet. Caso contrário, melhor evitar a oferta.