A Jornalista Fernanda Piacentini lançará no próximo dia 17 de janeiro, às 19h, na Livraria da Travessa em Ipanema, o livro “Dossiê Flordelis Vol. 1” da editora Oia.
Rituais de sexo, sangue e nudez são apenas parte dos relatos coletados na apuração do caso. O romance de Piacentini traz à tona detalhes dessa história inacreditavelmente real. Seria a pastora Flordelis, realmente culpada? Embora em vias de ser condenada pela justiça, não seria ela também uma vítima? Uma vez que a sua carreira de cantora gospel e deputada teria sido forjada pelo pastor Anderson Carmo de Souza, o marido assassinado, que, antes de qualquer coisa, foi um dos 50 filhos adotivos de Flordelis. Afinal, o que de fato acontecia naquela casa quando o pastor ainda vivia lá?
O primeiro volume da obra narra a história de Flordelis até o dia 24 de agosto de 2020, quando foi denunciada pelo Ministério Público como mandante do assassinato de seu próprio marido, o pastor Anderson Carmo de Souza. Já no segundo volume, a intenção da autora será o de dar continuação à história, incluindo os desdobramentos do resultado do julgamento.
Fernanda Piacentini é mestra em comunicação pela Universidade Estadual de Londrina-PR. O foco de seu trabalho é voltado ao jornalismo e à comunicação audiovisual. Jornalista/repórter com foco investigativo, factual, policial e político na Rede Rio TV para o Rede Rio News, onde produz e edita as notícias. Ganhou visibilidade como a jornalista/perita no caso da ex-deputada Flordelis.
Fernanda Piacentini tornou-se jornalista de referência no caso Flordelis, embora tenha começado a acompanhá-lo em 2020, a partir da denúncia do Ministério Público e da polícia civil, que apontava Flordelis como a grande articuladora do crime. O público questionava cada autoridade, cada personagem em tempo real, o que fez com que tudo andasse e culminasse na queda de Flordelis.
Então Fernanda, com a Rede Rio, passou a ser a jornalista mais procurada por variadas fontes do caso, para denunciarem, questionarem, apenas desabafarem, o que, em um caso de extrema complexidade, cujo processo resultou em mais de 35 mil páginas, foi crucial para que a história fosse entendida com profundidade, saindo da superfície. A jornalista se recusou a entrevistar Flordelis, mas abriu espaço para “direito de resposta” ao advogado de defesa Jader Marques, na Rede Rio.
Na impossibilidade de transmissão dos depoimentos e julgamentos, a jornalista narrou de modo singular cada depoimento, palavra por palavra, para que o público pudesse tomar conhecimento, o que virou uma novela, na internet. Também revelou a farsa da versão de Flordelis, de que a filha era a mandante e teria assumido, por meio de um áudio recebido por uma de suas fontes, e também que a neta de Flordelis havia realmente estado no dia 18 de junho de 2019 na praia de Piratininga, data que as investigações alegam que ela teria se livrado do celular do pastor jogando-o ao mar, por meio de um vídeo descoberto. Tudo isso foi juntado aos autos do processo.
Matar para não escandalizar o reino de Deus? Fernanda foi muito além das investigações da polícia e do ministério público, revelando também os bastidores da corrupção, do esquema das emendas parlamentares e, principalmente, descobriu por que o pastor foi morto exatamente naquele dia.