O posto de treinador da seleção brasileira segue vago desde a saída de Tite ao fim da Copa do Mundo. Nesse momento quatro nomes surgem como os favoritos para assumir a vaga. São eles: Carlo Ancelotti (Real Madrid), José Mourinho (Roma), Luis Enrique e Jorge Jesus (Fenerbaçhe).
Dentre os listados somente Luis Enrique está livre no mercado e com experiência em seleções. Ancelotti, Mourinho e Jesus nem as seleções de seus países treinaram. Mourinho inclusive por ter contrato vigente com a Roma, rejeitou a seleção lusa.
Este que escreve é contrário à ideia de um treinador estrangeiro, não por pachequismo, ou preconceito, mas por apego a história (até hoje nenhuma seleção foi campeã com um treinador estrangeiro), inclusive a Inglaterra que por anos apostou nessa receita, só voltou a ter sucesso com um de dentro, quando Gareth Southgate assumiu.
Ancelotti e Mourinho são campeões da Champions, o italiano o recordista, o português com o título do Porto em 2002/2003 entrou na mira dos holofotes, mas em sua maior oportunidade, o Real Madrid, falhou.
Luis Enrique une a juventude da nova safra e um olhar tático que agradaria sendo de longe um substituto do grande sonho Pep Guardiola. Porém, é o nome que mais encontra resistência. Já Jorge Jesus tem prestígio pela boa passagem pelo Flamengo, mas resistência pelo seu desempenho na Europa.
Muito além de convocar, treinar e escalar, o treinador que chegar ao comando da seleção vai pegar uma estrutura ruim, a posição de treinador da seleção vai exigir estomago.
Encarar o funcionamento aparelhado nos bastidores da CBF, vítima de presidentes ruins e corruptos, não é das tarefas mais fáceis. Vale lembrar que os ex-presidentes Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo estão no submundo do futebol. Além de empresários e uma torcida que contesta até o 23º nome da lista de uma Copa.
Em caso de fracasso, a CBF vai recorrer a soluções caseiras, os nomes nesse caso são: Dorival Júnior, Renato Gaúcho, Cuca, Rogério Ceni e Abel Ferreira.
Nenhum com muito apoio e muita resistência já que a ideia de um treinador estrangeiro ganhou força após Jorge Jesus e Abel Ferreira, esqueceram dos fracassos de Paulo Bento, Osório, Sampaoli (todos passando por seleções posteriormente).
A seleção feminina embarcou nessa e a ideia ainda não deu resultado. Na história da Copa nenhum estrangeiro venceu a copa, será que vale a pena?