As alergias estão aumentando. Em todo mundo algo em torno de 25% das pessoas, em qualquer momento da vida, desenvolverá uma alergia, pode ser desde à pólen, à medicamento, à grama, a flores, e muito mais.
E apesar das melhorias no diagnóstico e tratamento, um novo desafio surge à medida que o nosso clima muda. De acordo com a professora e médica Naddisy da Universidade de Standford, e publicada na Revista Science Translatoinal Medicine, o estudo sugere que a alteração climática está impactando no aumento dos casos de alergia ao redor do planeta.
Estamos vendo plantas se proliferarem em locais que antes não existiam graças ao aumento do CO2, que vem atuando como um dos gases de efeito estufa. A partir do momento que plantas começam a se disseminar, estas acabam induzindo alergias relacionadas ao pólen. Temos também o problema do aumento da poluição do ar resultante de incêndios florestais, que lançam partículas poluentes no ar e que desenvolve não só alergia mas também asma. Outro exemplo de elemento que pode desenvolver alergias por conta das transformações que estamos enfrentando é a água. Em mundo com cada vez mais escassez de água, a sua reciclagem é fundamental. Acontece que mais metais pesados serão adicionados à água. A água serve de insumo para muitos produtos que consumimos e um deles é o detergente. Uma vez que estas águas recicladas tenham mais metais pesados, o detergente que usamos em nosso dia a dia também carregará mais componentes tóxicos. Atualmente 50% das crianças nascidas em Londres, cujos pais usam algum tipo de detergente para bebês ou crianças, estão começando a ter a pele ressecada. E quando a nossa pele fica seca, pode acabar ativando alguma alergia. Não podemos esquecer das inundações, que acaba aumentando o mofo, outro agente que desencadeia a alergia.
São muitos os aspectos em torno da mudança climática e suas consequências para a nossa saúde, podendo afetar o nosso sistema imunológico.