Dizer que microplásticos e nanoplasticos são onipresentes no meio ambiente, em nossos alimentos e bebidas, no leite materno, no feto, na corrente sanguínea, em nossos tecidos e que eles são ingeridos pelos animais, é entrar em “loop” e ter a impressão que está lendo a mesma notícia todos os dias. Mas não se trata de loop e sim, de uma realidade inconveniente.
Desta vez, em novo artigo publicado na Revista Plos One, pesquisadores da University of Hull and Castle Hill Hospital, Cottingham, do Reino Unido, relataram a presença de microplástico no tecido venoso humano.
Foram coletados tecidos da veia safena, localizado na perna, de 5 pacientes com idade média de 72 anos e que passaram por cirurgia. Entre os destaques estão a resina alquídica, encontrada em tintas sintéticas, vernizes e esmaltes, acetato de polivinila (PVAC), adesivo encontrado em embalagens de alimentos e nylon, e EVOH e EVA, utilizado em embalagens flexíveis, os mesmos já encontrados no pulmão e no cólon.
A presença desses microplásticos nas veias pode acabar danificando o interior da veia e levando, com o passar do tempo, ao bloqueio.
Trata-se da primeira evidência de presença de que pequenas partículas de plástico estão presentes nos tecidos vasculares humanos, reforçando o chamado “fenômeno do transporte de microplásticos nos tecidos humando” e contribuindo para a preocupação crescente em relação aos
Sabemos que os microplásticos tem efeitos tóxicos nos oceanos impactando negativamente os ciclos globais de nutrientes e níveis de oxigênio. Por que achar que em nós, o impacto seria diferente?