Polícia do RJ investiga denúncia de família por intolerância religiosa
Agentes da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) vai ouvir depoimento de uma família que denunciou prática de preconceito religioso. Isso por que um motorista de aplicativo se recusou a levar duas mulheres e duas crianças para um terreiro de candomblé, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, porque elas estavam vestidas com roupas do candomblé. Ele vai ser intimado para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.
Uma câmera de segurança do local flagrou o momento que o motorista mandou que elas saíssem do carro e saiu em seguida. O primeiro registro do caso foi feito na 59ª DP (Duque de Caxias), mas a investigação foi transferida para a Decradi, que apura uma possível prática de injuria por preconceito religioso e as vítimas devem ser ouvidas nesta terça-feira (02/05).
Em entrevista ao G1, a família contou que pediu o carro pelo aplicativo e o motorista aceitou a corrida, porém ao chegar no local, ele parou o veículo e começou a falar.
“Quando ele se deparou com a minha nora e minhas duas netas, ele não deixou entrar. (…) ‘Não vou levar vocês’. ‘Por que o senhor não vai levar?’ ‘Eu já falei que não vou levar’. E aconteceu o que aconteceu. Ele foi embora. Arrancou com o carro com a minha neta mais nova. Ela sem saber nada, estava vendo a hora de ele carregar a menina junto.”
Em nota, a Uber afirmou que não tolera qualquer forma de discriminação e se colocou à disposição para colaborar com as investigações. A empresa informou ainda que desativou temporariamente a conta do motorista durante a apuração do caso e reafirmou seu compromisso em promover o respeito, igualdade e inclusão para todos que usam o aplicativo.