Um dos músicos brasileiros mais aclamados no mundo, Meneses será o solista da apresentação, que contará com a regência de Claudio Cruz e repertório com obras de Shostakovich, Haydn e Tchaikovsky
Um dos maiores nomes da música clássica contemporânea e considerado um dos melhores violoncelistas do mundo, o brasileiro Antonio Meneses é o convidado especial da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), para o próximo concerto da Temporada 2023, que acontecerá no dia 24 de maio, quarta, às 19h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Antonio será o solista da apresentação, que contará com a regência de Claudio Cruz. Amigos de longa data, eles também vão celebrar a constante parceria em concertos dentro e fora do país.
No repertório, a “Abertura Festiva”, de Dmitri Shostakovich; o “Concerto para Violoncelo No. 1 em Dó Maior”, de Joseph Haydn; e a “Sinfonia No 5 em Mi Menor, Op. 64”, de Tchaikovsky. Os ingressos custam R$40 (plateia e balcão nobre), R$30 (balcão superior) e R$20 (galeria) e estão à venda no site do Theatro Municipal.
A OSJRJ, que também é residente da PUC-Rio, é formada por 55 jovens do Rio de Janeiro, em sua maioria moradores de comunidades, integrantes do projeto Ação Social pela Música do Brasil (ASMB). Esta é a primeira vez que a Orquestra se apresenta ao lado de Antonio Meneses.
“Será uma grande oportunidade, um verdadeiro sonho, para os 55 jovens que compõem a Orquestra de tocar ao lado de um dos maiores nomes da música clássica atual. Certamente, o público vai se emocionar com o concerto”, afirma Fiorella Solares, diretora da ASMB.
Radicado na Suíça, Antonio Meneses se dedica ao violoncelo há mais de 45 anos, tendo se apresentado com orquestras como a Filarmônica de Berlin, Concertgebouw Amsterdam, Sinfônica de Londres, Sinfônica da BBC, Israel, Nova York e São Petersburgo, e dividido o palco com maestros renomados, entre eles H. von Karajan, C. Abbado, R. Muti, R. Chailly, Mariss Jansons e Mstislav Rostropovich.
Repertório traz três dos maiores compositores de todos os tempos
A emoção vai tomar conta do público do Theatro Municipal com três aclamadas obras que serão executadas ao longo da noite. A primeira é a “Abertura Festiva”, de Dmitri Shostakovich (1906-1975), composta em 1954 em uma celebração soviética pela Revolução de Outubro. Com uma energia pulsante em tom de comemoração, a peça musical requer uma alta habilidade orquestral.
Em seguida, o “Concerto para Violoncelo No. 1 em Dó Maior”, de Joseph Haydn (1732–1809) aparece em destaque. Chamado por Mozart de “o pai de todos os compositores”, Haydn é um dos expoentes da tradição musical. A ele se atribui o estabelecimento do quarteto de cordas e da sinfonia clássica, por exemplo. A obra data de 1765 e sua partitura foi reconstituída a partir das partes orquestrais encontradas por um bibliotecário, em Praga, em 1961.
Já a imponente “Sinfonia No 5 em Mi Menor, Op. 64” foi composta por Tchaikovsky (1840 – 1893) entre maio e agosto de 1888 e estreou em novembro do mesmo ano, em São Petersburgo, sob a regência do próprio músico. O segundo movimento – com seu célebre solo de trompa – é um dos mais aclamados momentos da obra do compositor russo.
SOBRE A OSJRJ: A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), fruto do programa Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), da qual é indissociável, é composta por 55 jovens de grande talento e dedicação com idades entre 15 e 28 anos e, em sua grande maioria, residentes de comunidades socioeconomicamente desfavorecidas do Rio de Janeiro. A OSJRJ foi criada inicialmente, na década de 80, pelo Maestro David Machado, projeto este que foi muito bem-sucedido até o encerramento de suas atividades em 1987. Em 2014, após assistir a um concerto realizado por vários alunos do Ação Social Pela Música, o Presidente do Conselho Consultivo da ONG, o advogado e melómano Ronald Riess, idealizou a retomada do projeto Orquestra Sinfônica Jovem. A OSJRJ, que também possui alguns músicos convidados, tem realizado apresentações no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cidade das Artes, na Sala Cecília Meireles, no Centro Cultural do Banco do Brasil, em escolas e universidades, executando amplo repertório. Alguns desses jovens talentosos, inclusive, já se apresentaram em concertos na Alemanha, Holanda, Suíça e nos Estados Unidos.
SOBRE A ASMB: Fundada há 25 anos, a Ação Social pela Música do Brasil (ASMB) é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, cuja missão é a educação social e cultural por meio do ensino da música clássica, a fim de promover a inclusão social de crianças, adolescentes e jovens de comunidades em situação de vulnerabilidade social. Em seu histórico, mais de 14 mil alunos já passaram pela instituição, colhendo resultados positivos, principalmente no que se refere à prevenção e ao combate às drogas e à violência intrafamiliar. Atualmente, o projeto atende no total 4.406 alunos em 13 núcleos de aprendizado musical e em 18 polos de musicalização. Dos 13 núcleos, 7 encontram-se na cidade do Rio de Janeiro: Rio das Pedras, Complexo do Alemão, Vila Isabel, Cidade de Deus, Manguinhos, Morro dos Macacos, e agora São Gonçalo, englobando um total de 20 comunidades atendidas. Além disso, há 1 núcleo em Petrópolis, 4 núcleos em João Pessoa (Paraíba) e 1 núcleo em Ji-Paraná (Rondônia).
SOBRE ANTONIO MENESES: Antonio Meneses tem uma carreira que inclui apresentações com orquestras como a Filarmônica de Berlin, Concertgebouw Amsterdam, Sinfônica de Londres, Sinfônica da BBC, Israel, Nova York e São Petersburgo, dividindo o palco com maestros como H. von Karajan, C. Abbado, R. Muti, R. Chailly, Mariss Jansons, Mstislav Rostropóvitch e participações nos festivais de Salzburgo, Lucerna, Viena, Berlim, Praga, Mostly Mozart etc. Sua carreira internacional teve impulso ao vencer o 1º Prêmio e Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky de Moscou em 1982. Foi membro do renomado Beaux-Arts Trio e sua grande discografia inclui duas gravações com a Filarmônica de Berlin. Além de se dedicar a uma intensa agenda de concertos, Meneses é professor de violoncelo na Hochschule der Künste de Berna e ministra cursos de aperfeiçoamento na Europa, Américas e Japão.
SOBRE CLAUDIO CRUZ: Foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo, Grammy Awards entre outros. Tem atuado como Regente Convidado em diversas orquestras, entre elas a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Orquestra Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo, Sinfônica de Porto Alegre, Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica de Curitiba, Orquestra de Câmara de Osaka, Orquestra de Câmara de Toulouse, Orquestra Sinfônica de Avignon, Northern Sinfonia (Inglaterra), a Sinfonia Varsovia, New Japan Philharmonic, Hyogo Academy Orchestra, Hiroshima Symphony (Japão), Vogtland Philharmonie (Alemanha), Jerusalem Symphony Orchestra entre outras. Participou de diversos Festivais de Música, no Brasil destaca-se sua participação como Regente da Orquestra Acadêmica do Festival Internacional de Campos de Jordão em 2010 e 2011, também participou do Festival de Verão da Carinthia (Áutria) e Festival Internacional de Música de Cartagena onde atuou como camerista e Regente Convidado da Osesp. Em 2021 lançou os trios de Villa-lobos com Antônio Meneses e Ricardo Castro, álbuns com os pianistas Marcelo Bratke, Olga Kopylova, os Quartetos de Meneleu Campos com o Quarteto Carlos Gomes. Em 2022 gravou álbuns com o violinista Emmanuele Baldini, com o violista Gabriel Marin.
Programa:
DMITRI SHOSTAKOVICH (1906-1975)
Abertura Festiva
JOSEPH HAYDN (1732 – 1809)
Concerto para Violoncelo No. 1 em Dó Maior
I. Moderato
II. Adagio
III. Allegro Molto
Solista: Antonio Meneses (violoncelo)
PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKY (1840 – 1893)
Sinfonia No 5 em Mi Menor, Op. 64
I. Andante – Allegro con anima
II. Andante cantabile, con alcuna licenza
III. Valse, Allegro moderato
IV.Finale, Andante maestoso – Allegro vivace