Os microplásticos são minúsculas partículas de plástico com tamanho inferior a 5 mm e não são apenas derivados da degradação destes objetos no maior ambiente, mas também são produzidos para uso comercial como por exemplo, glitter e produtos de higiene.
Devido ao seu pequeno tamanho, estes objetos podem interagir em nossos organismos causando obstrução e inflamações.
Recentemente foram considerados como um novo tipo de poluente ambiental devido ao aumento de sua produção e o impacto no nosso ecossistema. Inclusive as Nações Unidas estão discutindo um Tratado Internacional sobre o uso do plástico.
Mas afinal, qual é o risco para a saúde humana em razão da exposição crônica?
Em uma pesquisa publicada na revista Scientific Reports intitulada “Polypropylene microplastics promote metastatic features in human breast cancer” pesquisadores da Coréia do Sul exploraram o efeito dos microplásticos na metástase deste tipo de câncer.
De acordo com a publicação, o sequenciamento de RNA mostrou que o nível de transcrições relacionadas ao ciclo celular foi significativamente alterado em células expostas aos microplásticos, demonstrando que as partículas desenvolveram características metastáticas. Ou seja, os fragmentos de plásticos de polipropileno, que foi o tipo analisado, foram capazes de agravar a metástase do câncer de mama embora, ainda de acordo com o estudo, não foi detectado nenhuma alteração capaz de induzir à morte celular e nem alteração na capacidade de migração celular das células cancerígenas.
Os autores da pesquisa ressaltaram a necessidade de mais estudos sobre a exposição crônica a microplásticos e progressão do câncer.