Começo essa coluna, que tem por finalidade dar orientações práticas e científicas sobre Saúde da Mulher e Estética.
Hoje quero falar de incontinência urinária de esforço feminina: Que é o escape involuntário de urina, mesmo que apenas gotículas, após tosse, riso, espirros ou pequenos esforços. Esta acontece em decorrência ao enfraquecimento do esfíncter urinário e dos elementos de sustentação da uretra e da bexiga.
Muitas mulheres têm vergonha, ou acreditam ser normal pequenos escapes de urina, isso as impede de procurar ajuda profissional.
É muito comum em mulheres após a menopausa, quando o estrogênio que atua na força e elasticidade de ligamentos e músculos do assoalho pélvico, decai bruscamente. Mas também ocorre em mulheres jovens, seja proveniente de múltiplas gestações, tabagismo, álcool, interações medicamentosas, e até mesmo algumas atividades físicas de alto impacto como: Crossfit e vôlei, pois podem comprometer os mecanismos de sustentação, suspensão e contenção da musculatura pélvica, que sofrendo sobrecarga intensa e repetida, gera o enfraquecimento do assoalho pélvico.
A boa notícia é que os avanços científicos e tecnológicos conseguem prevenir, amenizar e reverter esses quadros.
Existem medicações que relaxam a parede da bexiga (no caso de bexiga hiperativa).
Muito em moda está o Laser íntimo vaginal, que é utilizado para estimular a produção de colágeno, servindo para o trofismo e vascularização do canal vaginal, atuando também na incontinência urinária.
A fisioterapia do assoalho pélvico utiliza equipamentos de biofeedback, eletroestimulação, radiofrequência íntima além dos exercícios específicos para controle dos esfíncteres e ganho de força muscular.
Existe também uma técnica milenar chamada Pompoarismo, originária da Índia e aperfeiçoada na Tailândia, com a finalidade de fortalecimento do períneo, tem benefícios físicos e psicológicos.
Para saber qual tratamento mais se enquadra para você, procure um ginecologista ou fisioterapeuta pélvico. E lembre-se alguns hábitos devem ser cultivados: Esvazie a bexiga regularmente evitando escapes; diminua o consumo de café e frutas cítricas; diminua o consumo de álcool, reduza o peso corporal especialmente do abdômen; cultive a consciência corporal utilizando as forças de contração e relaxamento dos esfíncteres do assoalho pélvico.
