Iniciar esta coluna no mês de junho de 2023 é, sem dúvida, um início muito profícuo, pois, no dia 2 de junho de 1946, a Itália estava em festa porque os italianos comemoravam a vitória da República.
O país estava dividido, já que o Sul preferia a Monarquia, enquanto o Norte, que por 2 anos ocupava e lutava contra as forças nazifascistas, preferia a República.
Após um longo referendum que durou dois dias, 2 e 3 de junho de 1946, a Monarquia, que governou por 85 anos, sendo 20 anos de fascismo, terminou. Foram 12.717.923 votos para República e 10.719.284 votos para Monarquia e o exílio forçado dos descendentes da Casa de Saboia.
A Constituição da República Italiana recebeu aprovação em dezembro de 1947 e passou a vigorar em 1º de janeiro de 1948.
A imigração italiana no Brasil foi um dos maiores fenômenos imigratórios já ocorridos ao logo de nossa história. À medida que imigrantes italianos foram se instalando no Brasil, o número de descendentes aumentava cada vez mais em todo o território, fazendo com que seus hábitos e costumes fossem modificando.
Como administrador, radialista, jornalista e CEO do projeto de comunicação – ITÁLIA NOSSA e Pós-Graduado em Jornalismo Cultural pela UERJ, assumo esta coluna em parceria com este jornal, visto ter como princípio o – “Compromisso com a Verdade”, e, com este propósito, é que desejo contribuir e enaltecer os melhores exemplos de trabalho, dignidade e, acima de tudo, o respeito às diferenças, visto ter sido meu país, que abriu a oportunidade para muitos imigrantes, neste caso, os italianos em especial, que ajudaram o Brasil a ser este Gigante pela sua própria natureza!
Inicialmente, destaco que, segundo dados do IBGE, o Brasil possui a maior presença de italianos e oriundos do planeta, aproximadamente 30 milhões. Portanto, se faz necessário nesta abertura divulgar a trajetória dos diferentes ciclos, da imigração italiana que foram os responsáveis pela implantação das inúmeras tradições de diversas regiões da Itália em nosso país.
A presença de italianos no Brasil se deu em 3 ciclos. O primeiro ciclo foi marcado pela presença do navegador italiano Américo Vespúcio, que em sua primeira viagem, registrou o primeiro ciclo de italianos no Brasil, de 1501 a 1503, apesar dos anais da história apresentar 1502, quando ele mapeou o litoral brasileiro para Portugal. Em sua segunda viagem, Vespúcio fincou suas âncoras em Cabo Frio, Região dos Lagos, onde teria permanecido por aproximadamente cinco meses, tendo construído uma feitoria e um forte.
Vespúcio percorreu cerca de 250 km de sertão, acompanhado, segundo historiadores, de 30 marinheiros, entre eles, portugueses e italianos, chegando a contornar as lagoas de Araruama e de Saquarema. Após esse grandioso feito, deixou uma guarnição de 24 homens, sendo 12 italianos que, após determinado tempo, nunca mais se teve notícias desses homens, acredita-se, segundo alguns historiadores, que todos foram devorados pelos índios da região, possivelmente pelos Tupinambás, que tinham uma característica peculiar: eram canibais.
O segundo ciclo ocorreu também no século XVI e foi marcado pela presença de Giuseppe Adorno, um marco muito relevante em nossa história com a chegada de Estácio de Sá ao Rio de Janeiro, em 1565, com a missão de expulsar os remanescentes franceses da Ilha de Villegagnon da Baía de Guanabara. Porém, esta história fica para a próxima coluna.
A presto.
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Forte e fraterno abbraccio a tutti voi!!!