A ausência de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar o ex-presidente inelegível, gera dúvidas: haverá uma renovação na direita brasileira ou continuaremos com o bolsonarismo no poder?
A fim de entendermos isso, precisamos analisar os principais nomes cotados para a sucessão de Bolsonaro: Tarcísio, Zema, sua mulher Michelle e seu filho mais velho, Flávio.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – Nome mais forte e mais citado entre os políticos de direita até o momento, Tarcísio é o atual governador de São Paulo. Ganhou notoriedade como Ministro da Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro, e tem conquistado espaço nas negociações em torno da reforma tributária.
Tarcísio faz um jogo político interessante, consegue ganhar o apoio dos bolsonaristas sem se comprometer demais com o movimento, e por isso, a tendência é que tenha uma rejeição baixa com bastante apoio caso seja candidato em 2026.
Romeu Zema (Novo) – Zema também surge como um nome interessante, é o atual governador de Minas Gerais, eleito em 2018 e reeleito para o cargo em 2022.
Apesar de contar com boa aprovação dos mineiros e de grande parte da direita, a falta de representação legislativa do partido Novo é um desafio para Zema, além dos recentes ataques que vem sofrendo da esquerda, como uma tentativa de “cortar pela raiz” qualquer intenção do governador de se candidatar em 2026.
O próprio Bolsonaro considera o governador de Minas Gerais uma boa opção para as eleições presidenciais, mas só a partir de 2030, mostrando que é um nome para o futuro, que precisa se tornar unanimidade.
Michelle e Flávio Bolsonaro (PL) – Michelle, ex-primeira-dama e mulher de Bolsonaro, foi uma importante peça na campanha do marido em 2022, com grande influência no público feminino e evangélico, o que despertou interesse de Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, para que ela se candidatasse à presidência.
Dos filhos de Bolsonaro, Flávio tem maior projeção política, e foi cogitado para disputar a Prefeitura do Rio em 2024, mas seu nome foi barrado pelo pai. Isso mostra uma preocupação de Bolsonaro com a exposição de sua família, que atualmente corre por fora na corrida presidencial para 2026.
Dados do Colunista
Leonardo Gurgel de Resende Ferreira
Presidente estadual da juventude no partido Avante e aluno de Relações Internacionais
@leogurgel70