Com premiação em dinheiro, oficinas, mesas de debate e até batalha, o projeto que passou por quatro bairros da Zona Oeste encerra neste sábado em Padre Miguel
Com o propósito de fomentar e movimentar a cultura do passinho na Zona Oeste, o projeto “Passinho da ZO” surge como uma oportunidade de resgate e valorização da cultura urbana e o empoderamento de jovens e criadores de cultura desta região. Ocorrendo nos sábados de julho, a programação encerra neste sábado (29), a partir de 13h, na Praça Favelart em Padre Miguel, com batalha de passinho e rima, além de mesa de debates com o tema com o tema “Porque o passinho perdeu sua força na Zona Oeste?”, com Diogo Breguete, Felipe Salsa e Neguebites e mediação de Nyandra Fernandes.
Com apresentação de Kinho JP e Thamires Cândida e jurados das batalhas Felipe Salsa, Hiltinho Fantástico e GB Souza, o evento ainda conta com com Dj Furtamec e DJ Seduty no encerramento. O projeto trouxe atividades culturais para quatro bairros da Zona Oeste, Campo Grande, Santa Cruz, Realengo e Padre Miguel, durante o mês de julho, que incluiu workshops de passinho para níveis intermediário e iniciante, apresentações de dança, batalhas de rima, DJs e mesas de debate sobre o movimento, agora, o “Passinho da ZO” promete movimentar a comunidade de Padre Miguel neste sábado como forma de incentivar e reconhecer os talentos, o encerramento contará com uma atração especial: a Batalha de Passinho, com premiação em dinheiro, o 1° lugar leva R$ 1.500 para casa, o 2° lugar ganha R$ 700,00 e o 3° lugar R$ 500,00.
O impacto do projeto vem com a capacidade de reviver a cena de dança que havia perdido a força na região. Portanto, o responsável pelas apresentações de dança, Kinho JP, vê a oportunidade como uma possibilidade de resgate cultural. “O movimento sempre esteve presente aqui, na Zona Oeste, e a minha função está sendo colocá-lo em evidência novamente,” disse.
Já para o responsável pela Batalha de Passinho, Brendo Edson, o projeto tem um papel transformador do nas comunidades se encontram carentes de atividades culturais, “Através dessa iniciativa, podemos levar para essas comunidades a cultura, e com isso, é possível trazer um novo olhar para essas pessoas, mostrando que além da violência e do tráfico, existem coisas boas que vêm desses locais”, ele destaca. Sendo assim, o projeto também é um ambiente fértil de possibilidades que podem emergir dessas comunidades.
O projeto ainda conta com mesa de debates, que traz o tema “Porque o passinho perdeu sua força na Zona Oeste?”. O responsável pela ação, Matheus Alves, destaca a origem democrática e a importância sociocultural do passinho. “O passinho nasceu na cultura funk que é um movimento completamente urbano e periférico e que não funcionaria sem a democracia,” ele ressalta. Ambas as batalhas – de passinho e de rima – são símbolos importantes de expressão individual e coletiva, fomentando um ambiente onde vozes frequentemente marginalizadas podem ser ouvidas e celebradas.
Um dos pontos-chave do projeto “Passinho da ZO” é a inclusão e valorização do público infantil, o que é crucial para a continuidade de um legado cultural. “A importância do passinho é isso: é uma memória de uma dança, de uma cultura preta, favelada. Repassar isso para as crianças é de extrema importância”, Kinho JP enfatiza. “Além de toda a questão da corporeidade, que é um estilo de dança que mexe com a autoestima, é uma dança que contribui muito para as interações sociais, para as conversas, para os diálogos, para os encontros, para o surgimento de novas lideranças”, destaca.
Sendo um projeto que proporciona um importante investimento na cultura local, o “Passinho da ZO”, potencializa um resgate da autenticidade cultural e uma oportunidade para a juventude da Zona Oeste. Acreditando no poder do movimento e da expressão, o projeto visa criar um espaço onde todos – de crianças a adultos – possam explorar, aprender e se conectar através do passinho e da cultura urbana, realizando um resgate da autenticidade cultural e uma oportunidade para a juventude da Zona Oeste.
A cultura do Funk e suas manifestações artísticas são Patrimônio Cultural de natureza imaterial do Estado do Rio de Janeiro. O estilo musical Funk e o Passinho são Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro.
O projeto teve incentivo do Programa de Fomento à Cultura Carioca – FOCA da Prefeitura
da Cidade do Rio de Janeiro (PCRJ) e da Secretaria Municipal de Cultura (SMC).
PROGRAMAÇÃO:
Dia 08
WORKSHOP DE PASSINHO INTERMEDIÁRIO
Horário:10h
Local: Avenida Bacaxa 272- Santa Margarida/ Campo Grande
Professor convidado: Neguebites (@neguebites01)
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Dia 15
APRESENTAÇÕES DE DANÇA
Horário: 12h
Local: Rua do matadouro,43 – Centro Cultural de Santa Cruz Palacete Princesa Isabel
Atrações: PROIBIDÃO (@proibidaoespetaculo) e Grupo CORRE (@grupocorre)
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Dia 22
WORKSHOP DE PASSINHO INICIANTE
Horário: 13h
Local: R. Nossa Sra. da Penha, 136 – Batanzinho
Professor convidado: Gabriel Tiobill (@gabrieltiobildb)
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Dia 29
BATALHAS DE PASSINHO E RIMA + DEBATE
Horário: de 13h às 20h
Local: Padre Miguel – Praça Favelart, Rua Santo Everaldo
Mesa de debate com o tema “Porque o passinho perdeu sua força na Zona Oeste?”
Mediadora: Nyandra Fernandes (@newandra_)
Participantes do debate: Diogo Breguete (@diogobreguete), Felipe Salsa (@ofelipe_salsa) e Neguebites (@neguebites01)
Batalha da Helianto (@batalhadahelianto) – Premiação de R$ 100
Batalha de Passinho com premiação:
1° lugar: R$ 1.500
2° lugar: R$ 700
3° lugar: R$ 500
Apresentadores:Kinho JP (@kinhojp) e Thamires Cândida (@thamirescandida)
Jurados das batalhas: Felipe Salsa (@ofelipe_salsa), Hiltinho Fantástico (@ohiltinho) e GB Souza (@gba_araujo)
Encerramento com Dj Furtamec (@021_furtame) e DJ Seduty (@djseduty)