Apesar dos benefícios do plástico, baixo custo, leve e personalizável, o plástico e os seus resíduos, tornaram-se um grande problema ambiental. Os plásticos usados em sua maioria são derivados de combustíveis fósseis, petróleo e gás natural, e são duráveis. Ao contrário do vidro, por exemplo, cuja capacidade de reciclagem é infinita, a reciclagem do plástico é limitada, em média, de 5 a 6 vezes. E a cada reciclagem, a sua qualidade diminui até que chegará o dia em que será descartada em um lixão ou em um aterro. Por conta das suas características, estima-se que demorarão 400 anos para se decompuser. Além disto, os plásticos são física e químicamente prejudiciais aos animais, à saúde pública e causam poluição ambiental.
Atualmente o mundo produz cerca de 380 milhões de toneladas métricas de plástico por ano, reciclando apenas 9% destes resíduos (cada tonelada de plásticos economiza 22 barris de petróleo), 12% são incinerados – fonte de poluição do ar, liberando gases tóxicos como mercúrio, por exemplo – e o restante simplesmente é descartado no meio ambiente.
Em uma pesquisa publicada recentemente no “American Chemical Society (ACS) Journal of Chemical Theory and Computation”, os pesquisadores concentraram seus estudos na otimização de uma tecnologia conhecida pelo nome de “Pirólise”, que poderia ser a solução para a reciclagem química de resíduos plásticos convertendo estes materiais em matérias-primas ou combustíveis químicos valiosos. É a chamada reciclagem terciária ou química.
A pirólise é um dos caminhos mais práticos e promissores para a reciclagem química dos resíduos plásticos, apontam os pesquisadores. A tecnologia poderia lidar com os plásticos não selecionados e não lavados. A ideia é obter produtos químicos valiosos produzidos pela decomposição de plásticos em ambiente livre de oxigênio e de altas temperaturas. Outra vantagem é que este processo já está sendo desenvolvido em escala comercial.