Durante o regime militar, (1964 e 1978), para alguns 1980, diversos grupos revolucionários, considerados “terroristas” pela ditadura militar, atuaram contra o regime, inclusive com a luta armada.
Com isso, o país entrou em uma guerra civil não-declarada. No auge das ações, entre 1968 e 1971, os militantes assaltaram bancos e carros-fortes. Além de ações como atentados a bomba, sequestros de aviões e diplomatas.
Os principais grupos da esquerda armada foram:
Aliança Libertadora Nacional (ALN), criada em 1968 por Carlos Marighella,tinha o objetivo de instaurar um “governo popular revolucionário”. O grupo operava como guerrilha urbana, promovendo assaltos a bancos, atentados com explosões e os sequestros do embaixadores dos EUA, Charles Burke Elbrick, e Ehrenfried von Holleben da Alemanha.
Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), formada majoritariamente por estudantes e ex-militares dissidentes da Polop e ex-integrantes do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR). Praticava assaltos a bancos para financiar suas atividades. O grupo teve participação no sequestro do embaixador alemão Ehrenfried von Holleben, realizado em 1970.
A Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares (VAR-Palmares), foi uma organização político-militar surgida a partir da fusão entre o Colina, a VPR e outros grupos revolucionários do Sul do país e da Bahia. Em ação roubou o cofre do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, com cerca de US$2,5 milhões. Planejaram o sequestro não realizado do Ministro da Fazenda, Delfim Neto.
Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), em homenagem à data da morte de Ernesto “Che” Guevara. Formado por dissidentes do PCB, participou do sequestro do embaixador dos EUA Charles Burke Elbrick. O PCB, objetivava instaurar o sistema socialista. Dissidentes, liderado por Carlos Marighella, acusavam Luís Carlos Prestes de não terem se preparado para dar início à luta armada.
Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop), formada por ex-militantes trotskistas e ex-militantes comunistas, era constituída majoritariamente por intelectuais e estudantes de SP, MG e RJ.
Comando de Libertação Nacional (COLINA), criado em 1967, em Minas Gerais, por dissidentes da Polop, era integrado majoritariamente por jovens universitários. Defendia a ação armada para libertar o Brasil da “opressão e ditadura” e, posteriormente, criar o partido revolucionário da classe operária. Além de formar um exército popular. Em março de 1969, realizou um atentado ao sindicato dos bancários, que estava sob intervenção. O grupo explodiu bombas nas casas do delegado e do interventor em apoio aos grevistas. Assaltou uma agência do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais e o Banco do Brasil, em Contagem-MG.
Os terroristas do STF… A vergonha!
Cerca de 1.500 pessoas foram presas sendo tratadas como “terroristas”. A tirania do STF tratou-os com presos políticos detidos durante sete meses sem condenação. Vão usar tornozeleira. Idosos, portadores de doenças graves, autista, mães de crianças menores de 12 anos.
O catador Jean de Brito Silva, de 27 anos, com deficiência intelectual moderada e autismo. Idosos diabéticos, hipertensos, com diagnóstico de câncer, etc. Idosa, Iraci Nagoshi, de 70 anos e diabética ficou sete meses sem seus remédios. O líder indígena José Acácio Serere Xavante, de 42 anos, foi detido pela Polícia Federal em Brasília. Ainda está preso.
Sem palavras…