Setembro amarelo, trata-se de uma campanha de prevenção e orientação com relação ao suicídio, que visa a conscientização da população a respeito do grave problema que a sociedade enfrenta e também quanto as formas de evita-lo.
Lembrando que esse despertar de consciência foi criado em 2014 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), e em 2015 iniciaram-se as campanhas com todo empenho no Brasil.
Vale ressaltar que, quando se abre ao diálogo, e falamos abertamente sobre o tema em questão, damos abertura necessária para que os assuntos cheguem aqueles que estão necessitando de socorro, e que por algum motivo doloroso não conseguem externar, colocar para fora o que estão sentindo, seja por medo, vergonha, um tabu ainda muito presente nos tempos atuais mesmo diante de tanta facilidade ao acesso de informações com o qual lidamos no dia a dia.
É nesse contexto a importância das campanhas setembro amarelo, despertar nas pessoas esse olhar de acolhimento para o próximo, de movimento para levar ajuda aqueles que estão clamando sozinhos por socorro e estão paralisados com suas dores internas.
É de extrema importância que as pessoas mais próximas, familiares percebam o transtorno e encaminhe essa pessoa ao médico psiquiatra, e redes de apoio, como psicólogos e terapeutas que não medem esforços para fazer o seu melhor.
O suicídio, pode ser definido com um ato deliberado executado pelo próprio individuo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional usando um meio que acredita ser letal.
É um comportamento com determinantes multifatoriais, e resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais.
Infelizmente são registrados números altíssimos de suicídio todos os anos no Brasil e no mundo. É uma triste realidade onde se tem registrado números maiores entre os jovens. Ressaltando que, 96,8% dos casos de suicídio, estão relacionados por transtornos mentais, em 1º lugar a depressão, seguida do transtorno bipolar, e do abuso de substância.
Lembrando ainda que diversos fatores impedem a detecção precoce e consequentemente a prevenção, o estigma o tabu relacionado ao assunto são aspectos importantes, pois durante séculos de nossa história, por razões religiosas, morais e culturais o suicídio foi considerado um grande ‘pecado’, talvez o pior deles. Sendo assim, ainda temos medo e vergonha de falar abertamente sobre esse grande problema de saúde pública.
Trata-se de um tabu arraigado à nossa cultura por séculos, e se não tomarmos consciência, não desaparecerá sem o esforço de todos.
A prevenção do suicídio, não se limita a rede de saúde, mais deve ir além, sendo necessária a existência de medidas em diversos âmbitos na sociedade que poderão colaborar para a diminuição da taxa de suicídio.
“Lembrando que a prevenção deve ser um movimento que leve em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, políticos, sociais e culturais no qual o indivíduo é considerado como um todo em sua complexidade”.