Por Gabriel José Redondano Oliveira (*)
A medicina vem experimentado progressos tecnológicos significativos ao longo dos anos. A incorporação de tecnologia ao campo médico tem revolucionado diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes. Hoje, temos acesso a uma variedade de ferramentas e equipamentos avançados que permitem identificar doenças precocemente, realizar procedimentos menos invasivos e proporcionar um cuidado mais personalizado. Por exemplo, a telemedicina, que tem se destacado como uma forma eficiente de fornecer atendimento à distância, permitindo consultas virtuais e monitoramento remoto de pacientes, o que facilita o acesso à saúde e agiliza a assistência.
No entanto, mesmo com o advento tecnológico, a empatia continua sendo um pilar fundamental na prática médica, desempenhando um papel crucial na relação médico-paciente, permitindo que os profissionais compreendam as preocupações, medos e necessidades dos indivíduos sob seus cuidados. Somos treinados para tratar não apenas o corpo, mas também a mente e o espírito do paciente, e a empatia cria um ambiente de confiança e apoio, essencial para o processo de cura. Embora a tecnologia possa facilitar a comunicação, é a consideração e o respeito que estabelecem a conexão humana essencial para uma assistência eficaz.
Com a evolução tecnológica e a crescente complexidade das doenças, os médicos enfrentam novos desafios constantemente. Cada vez mais, são necessárias habilidades de raciocínio rápido e capacidade de adaptação diante de situações clínicas complexas e o desenvolvimento de human skills. Além disso, a medicina está cada vez mais interdisciplinar, exigindo uma colaboração estreita entre diferentes especialidades e profissionais de saúde. Os médicos devem se manter atualizados com as últimas pesquisas e descobertas e participar de treinamentos e programas de educação continuada para enfrentar esses desafios de forma eficaz.
No entanto, em meio a tudo isso, os cuidados centrados nos pacientes permanecem como o objetivo principal da prática da medicina. Os pacientes são o foco de atenção e cuidado, e é fundamental que suas necessidades sejam ouvidas e atendidas. Os médicos devem levar em consideração os aspectos físicos, emocionais e sociais de cada um, garantindo que sejam tratados como indivíduos únicos, não apenas como casos clínicos. Os cuidados devem envolver uma abordagem holística, que considera não apenas a doença, mas também a qualidade de vida, o bem-estar e a autonomia do paciente.
Em conclusão, o Dia do Médico é uma oportunidade para relembrar e valorizar o papel essencial desempenhado por esse profissional na sociedade. A tecnologia, em ininterruptas melhora e ascensão, é um importante alicerce, mas a empatia continua sendo a base. Os desafios são constantes, mas a busca pelos cuidados centrados nos pacientes deve sempre estar presente. Que possamos continuar aprimorando nossos conhecimentos, utilizando a tecnologia de forma consciente e cultivando a empatia na prática diária, para que possamos proporcionar cuidados de qualidade e contribuir para o bem-estar daqueles que mais precisam.
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” Carl Jung
(*) Gabriel José Redondano Oliveira (CRM 116688), (RQE 30533), diretor técnico médico do Vera Cruz Hospita