Sabemos que a poluição plástica causa um impacto negativo muito grave tanto é nos oceanos quanto nos solos. Produtos plásticos e à base de plástico são amplamente utilizados para embalagem e transporte em todo o mundo devido à sua conveniência e utilidade. Segundo as estatísticas, cerca de 12 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram no oceano todos os anos, e espera-se que a produção global de plástico atinja cerca de 33 mil milhões de toneladas até 2050

Com o passar do tempo, a exposição prolongada aos raios UV ou biodegradação começam a fragmentar os plásticos, ameaçando a saúde dos animais como a nossa saúde. Pesquisas pretéritas já constataram a presença destas micropartículas nos tecidos e no sangue de animais e humanos, no leite materno, na placenta, no coração, no líquido amniótico, no cordão umbilical e no sêmen, por exemplo. 

A gravidade da poluição global vem despertando uma corrida entre os cientistas para avaliarem os efeitos toxicológicos dos plásticos  em nosso sistema reprodutivo.

Em artigo publicado recentemente na revista Particle and Fiber Toxicology, pesquisadores chineses avaliaram o impacto dos microplásticos de poliestireno no envelhecimento testicular prematuro usando dois testes: um in vitro usando testes testiculares e o segundo in vivo usando camundongos com 8 semanas de idade.

Expondo as chamadas células TM4 a três concentrações de microplásticos esféricos e, analisando um conjunto de marcadores de envelhecimento celular, os pesquisadores descobriram que as partículas resultaram nas alterações prematura das células.

No ensaio in vivo, os cientistas avaliaram os marcadores de envelhecimento em ratos com 8 semanas de idade após exposição a partículas de 1 mg ou5 mg durante quatro semanas.

Os resultados confirmaram as descobertas da pesquisa realizada in vitro de que a exposição aos microplásticos de poliestireno causa envelhecimento prematuro do tecido testicular.