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Casa Firjan homenageia cinema e indústria criativa ao inaugurar Sala Luiz Carlos e Lucy Barreto

 

Casal de produtores que mantém a L.C. Barreto há 60 anos e que tem no currículo cerca de 150 filmes recebeu convidados em auditório que levará seu nome e que será reduto do audiovisual nacional brasileiro

Dar o nome do casal Luiz Carlos e Lucy Barreto a uma sala na Casa Firjan é homenagear o cinema, a inovação e a criatividade do brasileiro, afirmou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, na inauguração do novo espaço, na noite de quarta-feira, 08/11. Ao lado do casal de produtores de maior relevância na história do cinema nacional, o presidente da federação lembrou que a Casa Firjan é um local para refletir e trabalhar a indústria criativa:

 

“Esta singela homenagem comemora aqui a capacidade de reflexão e, portanto, da formação das pessoas através do bom cinema e da indústria criativa. Este casal fantástico e sua família, que têm no DNA a produção do cinema, fazem parte do panteon da inteligência do Rio de Janeiro e do Brasil”, comentou Eduardo Eugenio.

 

A sala, que fica no andar térreo da casa principal, terá uma programação diversa, sempre voltada para inovação e tendências, de acordo com a missão da Casa Firjan de estimular a criatividade e apontar caminhos da nova economia. As poltronas instaladas na Sala Luiz Carlos e Lucy Barreto vieram da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, lembrou o presidente da Firjan, que adquiriu o mobiliário em leilão, há alguns anos. “Uma coincidência impressionante: esses bancos foram desenhados pelo Sérgio Rodrigues, e a sala une, agora, a arte do cinema e a arte do design”, disse Eduardo Eugenio.

Lucy Barreto afirmou que a sala realiza um sonho de seu marido, Luiz Carlos, quando, há 30 anos, o casal precisou se desfazer de um imóvel para acompanhar a crise econômica e não tinha mais onde projetar filmes. Já o produtor Luiz Carlos Barreto recordou um artigo assinado por Eduardo Eugenio tratando da economia criativa. “O texto, publicado no Jornal do Brasil, despertou a consciência de que a produção cultural não é simbólica, mas tem um valor econômico, sobretudo a cinematográfica, gerando não apenas empregos, mas ideias, refletindo como espelho os hábitos, comportamentos e costumes da sociedade”, afirmou.

 

 

Representando o prefeito Eduardo Paes, Marcelo Calero, secretário municipal de Governo e Integridade Pública, enfatizou a importância da indústria cultural, um setor que tem representatividade econômica, além de fomentar criatividade e inovação. Da inauguração participaram muitos amigos do casal, ligados à indústria cinematográfica, seus filhos – a produtora Paula e o cineasta Bruno Barreto, um dos diretores de maior destaque no cinema nacional, à frente de títulos como Dona Flor e seus dois maridos e O que é isso, companheiro? –, além de netos e bisnetos.

O cearense Luiz Carlos Barreto foi jornalista antes de escrever o roteiro, com Anselmo Duarte, de O pagador de promessas, que conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1962. Ao lado da mulher, Lucy, produziu mais de 80 filmes nacionais de sucesso de crítica e público, como Bye bye Brasil (1979), de Cacá Diegues, e Memórias do cárcere (1983), de Nelson Pereira dos Santos.

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