Uma das mais importantes escritoras negras na história da literatura e política brasileira
Escritora, cantora, poetisa e compositora brasileira, dona do best seller autobiográfico “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”. Considerada uma das escritoras negras mais importantes para a literatura do país, Carolina Maria de Jesus foi uma referência até para a política brasileira.
Carolina Maria de Jesus nasceu no dia 14 de março de 1914, em Sacramento, no interior de Minas Gerais. Neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta, Carolina cresceu em uma família grande repleta de irmãos. Em 1937, quando sua mãe morreu, se viu obrigada a migrar para São Paulo. A jovem construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer material que pudesse encontrar. A escritora foi mãe de três filhos, todos de relacionamentos diferentes.
Apesar de ter frequentado pouco a escola, desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita. Mesmo morando na favela, durante a noite trabalhava como catadora de papel. Lia tudo que recolhia e guardava as revistas que encontrava e durante o dia tinha contato com a escrita.
Carolina levava seus poemas semanalmente para o jornal Folha da Manhã, e com isso, foi apelidada de “A Poetisa Negra” e, era cada vez mais admirada pelos leitores. Certo dia, o repórter da Folha da Manhã foi selecionado para fazer uma reportagem sobre a favela do Canindé (onde a escritora morava) e uma das casas visitadas foi a de Carolina. Ao chegar lá, a jovem mostrou o seu diário, surpreendendo o repórter. Audálio ficou maravilhado com a história daquela mulher.
Publicado em 1960, “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, inicialmente foi vendido cerca de dez mil exemplares e esgotou em uma semana. Desde sua publicação, a obra vendeu mais de um milhão de exemplares e foi traduzida para catorze línguas, tornando-se um dos livros brasileiros mais conhecidos no exterior.
Após este grande sucesso, a autora publicou outros livros como: “Casa de Alvenaria: Diário de uma Ex-favelada” (1961) ;“Pedaços da Fome” (1963); “Provérbios” (1965).
