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Beatriz Ferreira: A Ascensão de uma Campeã no Ringue

Uma das maiores ídolos atuais do Time Brasil, conheça mais a boxeadora que tem dado muito orgulho ao Brasil!

Nascida em Salvador, Bahia, em 9 de dezembro de 1992, Beatriz Iasmin Soares Ferreira, conhecida como Bia Ferreira, é uma figura incontestável no cenário do boxe feminino brasileiro. Seu início no esporte foi moldado pela influência de seu pai, Raimundo Oliveira Ferreira, apelidado de “Sergipe”. Bicampeão brasileiro e tricampeão baiano nos pesos galo e supergalo, Sergipe não apenas inspirou Bia, mas também a treinou desde os primeiros passos no esporte. O amor dela pelo boxe era palpável, começando aos 15 anos, quando já dava aulas da nobre arte.

A carreira de Bia teve um início peculiar: suspensa por dois anos pela Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA) devido à sua participação em um torneio de Muay Thai, a pugilista enfrentou um obstáculo precoce. No entanto, a paixão e o apoio da família a incentivaram a persistir. Seu retorno, em 2017, marcou o início de uma ascensão meteórica.

Destacando-se em competições nacionais, como os Jogos Abertos do Interior e os Campeonatos Paulista e Brasileiro, Bia rapidamente ganhou reconhecimento internacional. Seus triunfos no Torneio de Belgrado, no Campeonato Pan-Americano e no Torneio Magomed-Salam Umakhanov solidificaram sua posição como uma força a ser reconhecida.

O ano de 2019 foi um ponto culminante em sua carreira. Além de vencer o ouro nos Jogos Pan-Americanos, Bia fez história ao conquistar o Campeonato Mundial de Boxe na categoria até 60kg, derrotando a chinesa Cong Wang na final. Este feito não apenas a consagrou como a melhor do mundo pela AIBA, mas também rendeu-lhe o título de Melhor Atleta do Brasil por duas vezes.

O desempenho excepcional de Bia não parou por aí. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, ela conquistou a medalha de prata, marcando o melhor resultado no boxe feminino brasileiro em Olimpíadas. A derrota para a irlandesa Kellie Harrington na final não diminuiu sua determinação.

A saga de Bia Ferreira atingiu seu ápice em 2023, quando ela conquistou seu segundo título mundial, derrotando a colombiana Angie Valdéz. Com três finais consecutivas em mundiais, Bia se destacou como a maior representante brasileira nesse cenário, superando até mesmo renomados nomes masculinos.

Além das glórias nos ringues, Bia almeja igualar as categorias femininas e masculinas, passando de três para cinco. Sua missão é pavimentar o caminho para a nova geração, evitando as dificuldades que ela enfrentou. Como Terceiro-Sargento da Marinha e integrante do Programa Olímpico da Marinha, Bia continua a inspirar não apenas como atleta, mas como defensora da equidade no esporte.

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