O resultado foi 60,6% maior que o saldo entre exportações e importações de 2022, de US$ 62,3 bilhões
A balança comercial brasileira apresentou um recorde histórico de U$ 98,8 bilhões em 2023. A informação foi divulgada na tarde da última sexta-feira (05) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Em dezembro, houve o superávit de US$ 9,4 bilhões, o que fez o resultado acumulado no ano subir. O saldo positivo do ano passado ultrapassou o de 2022 em 60,6%, com o Brasil registrando um superávit de US$ 61,5 bilhões naquele ano.
O fenômeno ocorre quando o valor exportado pelo país supera as importações. Por outro lado, se as importações prevalecerem, é registrado um déficit na balança comercial.
Nesse caso, em 2023, as exportações somaram US$ 339,67 bilhões, significando elevação de 1,7% em relação às vendas realizadas em 2022. Já as importações, que somaram US$ 240,8, caíram 11,7% na mesma comparação.
A agropecuária foi a principal responsável pela maioria das exportações da balança comercial do Brasil. O setor respondeu por 24% das exportações brasileiras, somando US$ 81,5 bilhões em 2023. O crescimento no ano foi de 9%.
Por sua vez, a indústria extrativista registrou participação de 23,2% no resultado do ano, com US$ 78,8 bilhões. Enquanto isso, a indústria de transformação exportou US$ 177,2 bilhões no ano passado, o que representa um recuo de 2,3% em relação a 2022.
Os itens mais exportados no período foram a soja, com 15,6% de participação, seguida pelos óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus, representando 12,52%.
O minério de ferro e seus concentrados contribuíram com 8,98%, enquanto açúcares e melaços representaram 4,64%. Além disso, óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) foram responsáveis por 3,9% das exportações, evidenciando a diversidade na composição das transações comerciais do país.
Nas importações, a quantidade adquirida diminuiu 2,6%, enquanto o preço médio registrou uma queda de 8,8%. Essa redução nos preços foi predominantemente influenciada pela diminuição nos valores internacionais do petróleo e de seus derivados, como fertilizantes, ao longo de 2023. No ano anterior, em 2022, os preços dispararam devido ao início do conflito entre Rússia e Ucrânia.