A capital Kiev afirmou ao FMI que precisa US$ 5 bilhões para manter a economia do país funcionando em meio a guerra
Em um suposto contra-ataque, a Ucrânia anunciou nesta quinta-feira (1º) ter bombardeado e destruído um navio de guerra russo nas águas próximas à Crimeia, território anexado pela Rússia em 2014. O Serviço de Inteligência ucraniano divulgou um vídeo mostrando o momento em que a embarcação foi atingida por um míssil disparado por uma unidade especial do Ministério da Defesa.
O governo russo ainda não se pronunciou sobre o incidente. As imagens, segundo a Ucrânia, foram capturadas no Mar Negro, próximo à costa da Crimeia. A ação ocorre em um momento estratégico para Kiev, que celebra uma vitória financeira significativa: a União Europeia aprovou um pacote de US$ 50 bilhões (aproximadamente R$ 267 bilhões) de ajuda ao país.
Enquanto as autoridades ucranianas celebram o apoio financeiro, a situação no front também é crítica. Nos últimos dias, a Ucrânia enfrentou uma escalada de ataques russos na guerra que perdura por quase dois anos. Tropas russas têm bombardeado alvos civis em cidades ucranianas, marcando uma mudança no padrão dos conflitos ao longo de 2023.
Os recentes ataques incluíram um dos maiores ataques coordenados à Ucrânia em 29 de dezembro, atingindo alvos civis como uma maternidade e resultando em 30 mortes, de acordo com Kiev. Além disso, em janeiro, uma aeronave militar russa, que supostamente transportava prisioneiros ucranianos, caiu em uma zona de fronteira entre os dois países, gerando acusações mútuas.
A ajuda financeira da UE chega em um momento crucial, com as autoridades ucranianas informando ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a necessidade de US$ 5 bilhões por mês para manter a economia operante. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu aos países europeus pela contribuição, destacando que o país necessita de US$ 7 bilhões ao mês para compensar as perdas econômicas.
Enquanto líderes da UE se reuniram para discutir o apoio financeiro, manifestantes nas ruas de Bruxelas, Bélgica, e em outras partes da Europa protestaram por um afrouxamento das regras que regulam as políticas agrícolas, buscando melhorias nas condições de produção. A decisão de oferecer auxílio financeiro à Ucrânia representa uma vitória para Kiev, especialmente após o voto favorável do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que anteriormente havia vetado o pacote de ajuda em dezembro.