O reconhecimento dos direitos sociais e econômicos das mulheres desde os primórdios da sociedade é uma busca incessante marcada por lutas, violências sofridas e desrespeito. Sempre buscando a igualdade, mas foram repudiadas pela resistência e dominação machista. Desta forma surgiram vários movimentos para lutar por direitos iguais nos planos políticos, jurídicos e trabalhistas entre homens e mulheres.
Pode-se afirmar que a mulher buscou através de movimentos feministas o direito ao voto, ao trabalho remunerado, a igualdade salarial, o direito ao domínio de seu próprio corpo. Durante toda a sua evolução na sociedade, a união das mulheres foi importante para a validação dos direitos conquistados. Grandes avanços ocorreram e as mulheres conquistaram êxito em várias profissões, como por exemplo na Polícia Civil, houve no início à desconfiança de setores da sociedade e ao preconceito da classe masculina, inspirou outras mulheres pelo Brasil que, aos poucos, foram sendo incorporadas às forças de segurança pública.
Tudo começou em 1955, as mulheres do estado de São Paulo conquistaram o direito de serem policiais. Na época, as pioneiras ficaram conhecidas como as 13 mais corajosas daquele ano. A partir desta conquista surgiu o primeiro grupamento policial feminino da América Latina. Entretanto, somente em 1974, Ivanete Oliveira Velloso tornou-se a primeira mulher aprovada em concurso da Polícia Civil de São Paulo e, em seguida, empossada no cargo de delegada. Foi a partir daí que muitas mulheres se inspiraram em ir em busca da estabilidade na segurança pública, principalmente almejando o cargo de delegada.
Com toda a evolução e mudanças na sociedade, as forças de segurança ainda são instituições predominantemente masculinas, mas cada vez mais as mulheres estão ocupando espaço, tanto no combate à criminalidade nas ruas como nos postos de comando das polícias. As mulheres possuem uma sensibilidade diferenciada, quando chega na delegacia uma mulher para fazer um registro como ou para responder um delito, se sentem acolhidas e seguras em serem assistidas por mulheres.
A delegada Rafaela Jordão, casada, mãe de um filho, lotada na delegacia 64ª de São João de Meriti /RJ, deixou seu estado de origem ( Pernambuco) em busca de sua realização profissional, aprovada no concurso de 2021. Em suas palavras, até chegar aqui foi com muito esforço e dedicação para conquistar o cargo almejado, a mesma se diz realizada e feliz em fazer parte por cuidar e zelar pela segurança pública e da população, no combate a violência e a criminalidade.
A ACADEPOL (Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra) nesta última turma (2021) treinou os agentes da segurança pública, a terem um “olhar” com mais sensibilidade no atendimento às vítimas de violência.
