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 15 de fevereiro: Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil

Diagnóstico precoce, por meio de investigação médica e tratamento especializado, são as principais formas de evitar a evolução

Reconhecido como a primeira causa de morte por doença em crianças, o câncer infantil está atrás apenas das mortes causadas por acidentes, no Brasil. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA) que aponta ainda que, no triênio 2023/2025, 7.930 novos casos de câncer atingirão a população de 0 a 19 anos de idade, a cada ano no território nacional.

Diferente dos casos na população adulta, o tumor infantil não possui fatores de risco ou formas de prevenção; o diagnóstico precoce, por meio de investigação médica e tratamento especializado, são as principais formas de evitar a evolução.

Ainda de acordo com o INCA, os tipos mais comuns são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas, neuroblastoma, sarcomas e o tumor de Wilms, neoplasia maligna originada no rim.

O pediatra e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Daniel Portela, orienta que pais e responsáveis fiquem atentos a sinais do corpo da criança. “Sintomas como febre persistente, suores noturnos e perda repentina de peso, podem ser confundidos com outras doenças, por isso a informação pode ser aliada para que um diagnóstico precoce salve vidas”, explica o especialista.

O médico também cita algumas características específicas nos casos de neoplasias. “Geralmente surgem manchas no corpo, cansaço, dor nos ossos, anemia, dor de cabeça, falta de equilíbrio, estrabismo e inchaços. Esses quadros são comuns nos diagnósticos de câncer infantil”, diz.

A depender de cada caso, será realizada quimioterapia, medicação alvo, radioterapia ou cirurgia. Portela destaca a importância de realizar o tratamento numa unidade especializada, onde a criança ou adolescente irá receber apoio de uma equipe multidisciplinar. “O paciente precisa de acompanhamento de todos os profissionais; uma equipe que esteja envolvida na cura, mas também na qualidade de vida física, psicológica e social desta criança”, afirma o pediatra.

Portela enfatiza que o câncer infantil não está relacionado ao estilo de vida. “Não existem fatores ambientais ou riscos de exposição associados ao surgimento de tumor infantojuvenil. A única forma de amenizar os danos causados às crianças é manter a periodicidade às consultas médicas”, conclui.

Em alusão ao dia 15 de fevereiro, data conhecida internacionalmente pelo Combate ao Câncer Infantil, o médico destaca os principais sintomas associados a esta enfermidade:

  • Perda de peso contínua e inexplicável;
  • Dores de cabeça com vômito de manhã;
  • Aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações;
  • Aumento ou inchaço na região abdominal, pescoço ou qualquer outro local;
  • Pupila esbranquiçada ou alterações visuais, como estrabismo;
  • Febres recorrentes não causadas por infecções;
  • Manchas no corpo e sangramentos repentinos;
  • Cansaço exagerado;
  • Palidez.

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