Evento terá participações de Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, de embaixadores da Índia e Indonésia e do cônsul dos Estados Unidos
O Rio de Janeiro será palco do seminário internacional “Os Países do G20 e a Diplomacia dos Biocombustíveis”, evento realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com o Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia (CGEP), o Columbia Global Centers | Rio e o Climate Hub Rio. O encontro acontecerá no Palácio da Cidade, no dia 23 de fevereiro de 2024, das 9h00 às 13h00, abordando o papel crucial dos países do G20 na expansão do mercado global de biocombustíveis e na promoção de inovação no setor.
O seminário contará com participações de autoridades como Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil; Lucas Padilha, coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura do Rio e presidente do Comitê Rio G20; André Corrêa do Lago, embaixador e secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores do Brasil; Laís Garcia, chefe da Divisão de Energia Renovável do Itamaraty; Marco Sotelino, cônsul para Assuntos Econômicos do Consulado dos EUA no Rio de Janeiro; além do embaixador Edi Yusup, da Indonésia; e de Abhay Thakur, embaixador e vice-Sherpa da Índia para o G20.
“A prefeitura consolida a sua parceria com a Universidade de Columbia no ano do G20. A primeira universidade a ter uma escola dedicada às questões climáticas promove, em cooperação com instituições locais, um debate prioritário para o Brasil no G20: transição energética justa. Alguns dos maiores especialistas internacionais estarão na cidade para tratar desse tema. Os biocombustíveis conectam o Rio – a capital da energia – ao interior do Brasil, ao agronegócio, e ao mundo”, afirma Lucas Padilha.
Pesquisadores e acadêmicos especialistas em mudanças climáticas vêm ao Brasil para participar dos debates, incluindo Harry Verhoeven, professor e pesquisador sênior do Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia, e Nicolas Lippolis, pesquisador da Escola do Clima da Universidade de Columbia.
O seminário internacional tem como objetivo refletir sobre a colaboração entre os países do G20 para triplicar a produção global de biocombustíveis, visando uma trajetória consistente com o objetivo de se tornar net zero até 2050.
Segundo estimativas da Agência Internacional de Energia, uma das alternativas para uma trajetória consistente com o net zero até 2050 seria triplicar a produção global de biocombustíveis – incluindo o etanol, o biodiesel e o combustível sustentável de aviação (SAF) – em relação aos níveis atuais. Essa expansão requer a criação de mercados internacionais que garantam a regularidade no suprimento de biocombustíveis, dando assim segurança aos seus produtores e consumidores.
Mirando tais objetivos, Brasil, EUA e Índia lançaram, durante o encontro de Cúpula do G20 no ano passado, a Aliança Global de Biocombustíveis. A iniciativa reúne 19 países e 12 organizações internacionais. A meta é estabelecer parcerias entre governos, agências internacionais e o setor empresarial para fomentar a comercialização e a inovação nos biocombustíveis.
“No contexto complexo das relações internacionais, um evento como este, centrado na diplomacia dos biocombustíveis entre os países do G20, assume um papel de destaque. A relevância desse debate vai além da busca por energias mais limpas. É uma colaboração essencial para moldar um caminho sustentável, promover a preservação ambiental e construir alicerces robustos para as gerações futuras. Por muitas razões, o Brasil tem uma enorme responsabilidade de ser protagonista na construção dessa colaboração”, afirma Thoma Trebat, diretor do Columbia Global Centers Rio
O seminário marca também mais um passo na parceria entre a Prefeitura do Rio e a Universidade de Columbia, que completa 10 anos desde a inauguração do Columbia Global Centers Rio. Além disso, se soma ao longo histórico de protagonismo da pauta climática na cidade, que foi sede da Eco 92, do Rio+20 e, em 2024, sediará a reunião de cúpula do G20.