A cada dez clientes regulares, há outros seis que furtam energia, na área de concessão da empresa
Em mais uma ação de combate ao furto de energia, funcionários da Light identificaram, nesta quinta-feira (22/02), que uma lanchonete, um depósito e um mercado, em Campo Grande e em Seropédica, na Zona Oeste da cidade, estavam conectados diretamente na rede da Light. Com a irregularidade, o consumo de energia não passava pelos relógios medidores da empresa. A ação contou com apoio da Polícia Militar.
As fraudes faziam com que as unidades deixassem de registrar cerca de 35Mwh, o que equivale a, aproximadamente, R$ 25 mil em contas de energia, segundo estimativas da distribuidora.
Ao longo de 2023, a concessionária inspecionou mais de 610 mil locais para combater os “gatos”. O prejuízo anual para a companhia é de cerca R$ 750 milhões. Para se ter uma ideia do tamanho do desafio, a cada dez clientes regulares há outros seis que furtam energia. Além de ser crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de oito anos de prisão, o furto de energia é também um dos principais causadores de falta de luz.
Isto é mais percebido no verão, quando as temperaturas elevadas aumentam o consumo perdulário em locais com altos índices de ‘gatos’, como comunidades cariocas, fazendo com que transformadores configurados para atender o número de clientes que a concessionária tem cadastrados entrem em sobrecarga. Em muitos lugares, o volume de ligações clandestinas é até 5 vezes superior à demanda suportada pelo transformador, o que sobrecarrega e danifica o equipamento, causando falta de luz.