O gesto generoso foi realizado por Ruth Gottesman à Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York
Através de uma doação de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) para a Faculdade de Medicina Albert Einstein, no Bronx, em Nova York, os estudantes da instituição não precisarão mais se preocupar com os custos de mensalidade. A doação foi feita por Ruth Gottesman, ex-professora e atual presidente do conselho da universidade.
A doação é considerada uma das maiores já realizadas a uma instituição de ensino no país. Em anúncio, Ruth informou que os alunos do último trimestre serão reembolsados e que, a partir de agosto, os futuros estudantes poderão ter acesso ao curso de forma gratuita. No vídeo que circula nas redes sociais, os alunos comemoram de pé com aplausos e vivas.
A quantia doada faz parte da herança deixada por seu esposo já falecido, David “Sandy” Gottesman, um bilionário e investidor. Ruth foi casada com ele durante 72 anos, mas em setembro de 2022 o marido faleceu aos 96 anos.
“Ele me deixou, sem que eu soubesse, uma carteira completa de ações da Berkshire Hathaway”, disse a professora ao jornal norte-americano The New York Times. As instruções eram simples: “Faça o que achar certo com isso”.
A boa ação à uma faculdade localizada em um dos bairros mais pobres de Nova York foi a escolha de Ruth, que atualmente integra o conselho de administração da instituição há mais de 50 anos. Com doutorado em Educação pela Universidade de Columbia, ela entrou para a Faculdade de Medicina Albert Einstein em 1968, assumindo o posto de diretora de serviços psicoeducacionais.
Na instituição, a professora ficou conhecida por desenvolver métodos de detecção, avaliação e tratamento quanto aos problemas de aprendizagem em crianças. Além disso, foi responsável por elaborar um programa de alfabetização para adultos.
De acordo com dados da universidade, mais da metade dos alunos se formam com dívidas que ultrapassam US$ 200 mil, isto é, cerca de R$ 1 milhão. Com a mensalidade da graduação avaliada em mais de US$ 59 mil (aproximadamente R$ 293 mil) por ano, a maioria dos estudantes costumam pegar empréstimos de pelo menos US$ 100.000.
Ao New York Times, Gottesman revelou sua expectativa com a doação. A professora espera que a ação alcance muitos estudantes que se veem impedidos ou nem se imaginariam em estudar medicina por conta da falta de recursos financeiros ou situação econômica.