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Especialistas alertam para os perigos do calor intenso dos próximos dias e dão diversas dicas para o período 

Saiba como se hidratar, se alimentar e até mesmo fazer exercícios físicos ao ar livre   

Onda de calor atípico atingirá várias regiões do País

Segundo os especialistas, o Brasil enfrentará mais uma forte onda de calor e o Rio de Janeiro sofrerá com essas altas temperaturas. Nos próximos dias, os termômetros devem apresentar temperaturas até 10ºC superiores àquelas consideradas normais para a época. A previsão é de que os estados do Sul, Centro-Oeste e Sudeste sejam afetados durante os últimos dez dias do verão. O fenômeno é resultado da presença de uma intensa massa de ar quente na região do Chaco Paraguaio e no norte da Argentina. Uma área de alta pressão atmosférica favorece a manutenção do calor sobre a região, inibindo a formação de nuvens carregadas e mantendo o clima seco e em constante aquecimento. A Defesa Civil alertou que o calor intenso aumenta os riscos de desidratação, insolação e de agravamento de doenças cardiorrespiratórias.  

O cardiologista e professor do IDOMED, Jober Teixeira Bastos, explica que o calor em excesso provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, o que pode reduzir a pressão arterial. Por outro lado, a perda excessiva de líquido ou a realização de atividades que exigem grande esforço, típicas da época, podem aumentar os riscos para o coração. O médico enfatiza a importância de ingerir alimentos leves e vestir roupas adequadas para minimizar os impactos do calor no corpo. 

“Por esse motivo, é necessária uma atenção especial com a hidratação, para que o corpo não sofra tanto nos períodos de calor intenso e nem corra o risco de desidratar. Além da atenção especial com a hidratação, é recomendável a ingestão de alimentos leves e a utilização de roupas adequadas à estação”, diz o cardiologista. 

A sede não é o único sinal de que o corpo precisa de mais água. O indivíduo também pode apresentar intestino preso, pele seca, inchaço (retenção de líquido), fome, cansaço, fadiga e dores de cabeça. Em geral, o ser humano perde todos os dias aproximadamente dois litros e meio de água eliminados pela urina, fezes, saliva e suor. Em dias de muito calor, esse volume pode ser ultrapassado – o que exige a adequada reposição de líquidos com a ingestão de mais água.  

A nutricionista e docente do curso de Nutrição da Estácio, Elisa de Espíndola, comenta que alimentos gordurosos e frituras devem ser evitados nos dias de maior calor ou ainda antes das atividades. “Alimentos gordurosos costumam deixar a digestão mais lenta, piorando sintomas como mal-estar e fadiga, sensações comuns em dias de calor e de atividades. Salgados, frituras e outros petiscos também são ricos em sal e favorecem a retenção hídrica”, diz a nutricionista. 

Apostar em consumo de alimentos e bebidas saudáveis é o trunfo para aproveitar os dias de calor sem percalços. A nutricionista ressalta ainda que, para quem quiser variar um pouco na hora de se hidratar sem fugir do saudável, existem opções refrescantes e deliciosas. “Dá para aromatizar a água com hortelã, aproveitar os chás gelados, de preferência à base de ervas, flores e especiarias e sem açúcar, e – é claro – provar uma água de coco”. 

Como fazer exercícios físicos ao ar livre durante esse período? 

Segundo André Siqueira, especialista em medicina esportiva e ortopedista, as atividades físicas não devem ser suspensas porque a regularidade é fundamental para as pessoas evoluírem em seus treinos e em seus resultados. Porém, o médico enfatiza que uma certa adaptação deve ser realizada neste período pontual de calor excessivo, como praticar exercícios físicos em locais climatizados, quando possível. E aqueles que gostam treinar ao ar livre devem alterar suas rotinas, mudando o horário para fugir do pico de calor, a partir das 6h da manhã ou no final da tarde, quando a temperatura tende a baixar.  

Para o especialista em medicina esportiva, uma outra adaptação que deve ser pensada é a intensidade dos exercícios, pois a pressão arterial tende a cair, logo, os treinos mais intensos acabam tendo que ser adequados, de forma a diminuir a intensidade e adaptar as condições climáticas no momento. 

“O uso de isotônicos é preferencial para ajudar a repor não apenas a água, mas também outras substâncias importantes para o organismo, que são perdidos de forma abundante durante o suor”, afirma.   

A outra dica recomendada por ele é jogar água na cabeça, porque não basta apenas hidratar, mas também diminuir a temperatura do organismo. Quando a pessoa molha a cabeça, ela diminui um pouco a sua temperatura, melhorando a sua resistência para quem faz exercício ao ar livre. 

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