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Nosso Planeta: Microplásticos nas amígdalas e demais tecidos

A fabricação e o uso de plásticos vêm aumentando a uma taxa crescente desde 1950 e a reboque a liberação de resíduos plásticos no meio ambiente vem seguindo o exemplo. Os produtos acabarão se fragmentando com o tempo em micro e nanoplásticos, aumentando o transporte de partículas, a degradação do meio ambiente e a exposição dos organismos. Já ingerimos e inalamos microplásticos, o que aumenta as preocupações sobre o impacto em nossa saúde até porque, este tipo de material absorve contaminantes químicos como por exemplo, metais pesados. Não custa lembrar que nos últimos anos já foram detectados também no sangue, no cólon, na placenta, no leito materno, no feto, no fígado, nas fezes e na expectoração, por exemplo.

Em uma publicação recente da Academia Chinesa de Pesquisa em Ciências Ambientais, na Revista Science Direct, pesquisadores analisaram com a ajuda de infravermelho direta a laser, um avanço na tecnologia,  microlpásticos em tecidos humanos de pulmão, intestino e amígdalas. O cloreto de polivinilia (PVC) foi o dominante. Esta nova tecnologia consegue identificar os componentes químicos  de todas as partículas de tamanho inferior a 20 micron (para efeitos de visualização, partículas suspensas no ar tem o tamanho de 1 micron)

O tecido com maior abundância de microplásticos foi o tecido pulmonar, depois intestino delgado, intestino grosso e amígdalas. 

Outro fato que chamou a atenção dos pesquisadores foi quantidade significativa de microplásticos encontrados nas mulheres, superior aos encontrados nos homens. Esta pesquisa é importante porque fornece elementos concretos linkando poluição do ar por microplásticos e a exposição humana, demonstrando os riscos para a saúde humana causados pela exposição ambiental a este tipo de material. 

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