Medida transfere autonomia das unidades federais para o Departamento de Gestão Hospitalar (DGH)
Desde a publicação de uma portaria em 23 de fevereiro sobre os hospitais federais do Estado do Rio de Janeiro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, virou alvo de críticas por parte do Centrão, sindicalistas e de setores do PT do Rio. A motivação se dá porque a medida faz com que a direção de cada um dos seis hospitais federais da cidade perca a autonomia da gestão, que ficará centralizado nas mãos do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH).
Na prática, as unidades não terão mais autorização para realizar compras independentes, pois o DGH assumirá a responsabilidade pelas aquisições de forma unificada. Na quinta-feira (14), profissionais da saúde realizaram um protesto contra a medida, no centro do Rio.
Em nota, a pasta diz que o objetivo da portaria é oferecer “uma gestão mais eficiente dos hospitais federais” e que a resolução faz parte dessa meta.
“A medida garante que o DGH, por meio de estruturas jurídicas e regimentais adequadas, possa conduzir a gestão dos hospitais federais, unindo forças com servidores lotados nas unidades e com maior harmonia institucional”, diz trecho do documento. Sob pressão, Nísia decidiu adiar a portaria, que entraria em vigor na quarta (13), para 8 de abril.