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Levantamento aponta queda no fluxo de shoppings centers, em 2023

De acordo com o especialista em varejo Michel Tauil, tecnologia, delivery e alto custo do estacionamento são alguns dos motivos para o declínio no comportamento

Parece que a expressão “bater perna no shopping” ficou no passado. Agora, ir a um desses centros comerciais já não é mais um passatempo tão popular. É o que aponta dados recentes da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Segundo o levantamento feito pela instituição, 2023 registrou uma média mensal de 462 milhões visitantes nos empreendimentos brasileiros. Uma queda de 8% em comparação ao registro pré pandemia do ano de 2019, quando esses mesmos espaços chegaram à marca de 502 milhões de visitantes. Mas por que as pessoas deixaram de frequentar os shoppings? Para o especialista em varejo Michel Tauil, a resposta está no avanço da tecnologia (e-commerce), no crescimento do delivery e no alto custo do estacionamento são alguns motivos para o declínio no comportamento.

“Em um mundo pós-pandemia, cada vez mais viciado em telas e acomodado com o delivery, o papel do shopping e das marcas de varejo é perceber que o cliente não TEM QUE IR ao shopping, e sim, ele tem que QUERER IR ao shopping, e consequentemente, na sua loja. O varejista precisa criar esse desejo e interesse em fazer o cliente sair da sua casa e ter a experiência presencial ao invés da on-line”, explica o fundador do Acelera Varejo, instituição que conta com mais de quatro mil empreendedores do setor varejista brasileiro, sendo 750 varejistas somente na sede localizada no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com a pesquisa “O comportamento dos frequentadores de shoppings centers, 44% dos entrevistados declararam visitar os centros comerciais, pelo menos, uma vez por semana. O número é menos do que o registrado em 2016, por exemplo, 63% dos clientes batiam ponto semanalmente nos centros comerciais. Mas para o especialista em varejo, Michel Tauil, ainda há soluções para que o fluxo de frequentadores volte a subir nesses empreendimentos De acordo com o expert do Acelera Varejo, experiências únicas e temáticas podem ser saídas positivas para o mercado. “Essas experiências, como “Monte seu Ovo” na Páscoa, ou até mesmo, um museu itinerante do Van Gogh, soam como música boa no ouvido daqueles que buscam no shopping o ambiente seguro e confortável para vivenciar esse evento proporcionado. Consequência desse fluxo, são praças de alimentação mais cheias e lojas com mais tickets, fazendo o shopping rentabilizar, não só seu CTO, seu estacionamento, mas também, a bilheteria dessas experiências, que por muitas vezes não são baratas”, recomenda Tauil.

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