A Lei 11340/06,conhecida como a Lei Maria da Penha, tenta de todas as formas coibir a violência contra a mulher. Entretanto, quanto mais o poder judiciário busca fazer o seu papel em busca prender os algozes, quando a mulher busca ajuda, e quando o agressor descumpre as medidas protetivas, muitas vezes não há eficácia. A cada minuto de cinco mulheres, três estão sendo agredidas de alguma forma.
A cada dia muitas mulheres estão buscando ajuda, mas infelizmente muitas estão sendo mortas sem que haja tempo de salvá-las.
Quando a mulher consegue se libertar do agressor, ele não aceita o fim do relacionamento e começa a persegui-la , chegando ao ponto de dizer se ela não for dele, não será de mais ninguém, o verdadeiro sentimento de posse.
Na segunda-feira uma mulher teve o corpo incendiado em uma plataforma da estação de trem de Augusto Vasconcelos, na Zona Oeste do Rio, o ex-companheiro ateou fogo à mulher e fugiu pelos trilhos.
A vítima foi identificada como Michele Pinto da Silva, de 39 anos. Segundo a família dela, o autor do crime é Edmilson Félix do Nascimento, de 44 anos, ex-marido de Michele, que não aceitava o fim do relacionamento. Após incendiar a ex companheira entrou em um grupo na rede social avisando que iria se matar porque havia incendiado sua ex esposa.
Todos os dias na casa de custódia de Benfica no Rio de Janeiro, homens, muitas vezes que nunca cometeram crimes, são presos por agredir, perseguir, matar suas namoradas, esposas ou companheiras. Muitos desses homens são acusados por cometer violência psicológica, e muitos deles acreditam que violência moral e psicológica não é violência doméstica
Em uma sociedade patriarcal muitos homens acham que a mulher o pertence como se fosse um bem MATERIAL que só pode ser dele. Essa concepção tem que ser mudada através de mais palestras, fiscalizações e mais projetos como a Patrulha Violeta, que fazem rondas por onde moram as mulheres que possuem medidas protetivas, auxiliando e orientando e muitas vezes salvando essas mulheres de seus agressores.
