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Quase metade das mulheres do Sudeste do Brasil já sofreu violência doméstica

Menos de um terço das vítimas de violência doméstica da região declaram ter solicitado medidas protetivas de urgência

De acordo com a primeira atualização do Mapa Nacional da Violência de Gênero, 49% da população feminina do Sudeste do Brasil declara ter sofrido alguma forma de violência doméstica ao longo de suas vidas. O projeto é resultado de uma parceria entre o Senado Federal, através do Observatório da Mulher Contra a Violência (OMV) e do DataSenado, o Instituto Avon e a Gênero e Número. Essa é a primeira vez, desde 2005, que a Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher apresenta dados estaduais.

Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados dessa região com o maior número de mulheres que já vivenciaram alguma situação de violência doméstica e familiar, ambos com 53%, seguidos por São Paulo (45%) e Espírito Santo (44%). No recorte nacional, o índice é de 48%.

Além disso, 68% das brasileiras afirmaram ter uma amiga, familiar ou conhecida que já sofreu violência doméstica e familiar. No Sudeste, o Rio de Janeiro (70%) lidera esse índice, com Espírito Santo (69%), Minas Gerais (68%) e São Paulo (67%) na sequência.

Conhecimento sobre direitos femininos previstos na lei ainda é limitado à minoria da população

Cerca de 67% das mulheres do Sudeste assumem conhecer pouco a Lei Maria da Penha. Minas Gerais é o estado da região com o maior número de mulheres que não se consideram bem-informadas sobre o tema, ficando acima da média da região, com 69%. São Paulo ficou em 2º com 67%, Rio de Janeiro (66%) e Espírito Santo (65%) fecham os números regionais.

Mapa Nacional da Violência de Gênero

Lançado em novembro de 2023, o Mapa Nacional da Violência de Gênero é uma plataforma interativa que reúne os principais dados nacionais públicos e indicadores de violência contra as mulheres do Brasil, incluindo a Pesquisa Nacional de Violência contra as Mulheres – a mais longa série de estudos sobre o tema no país. Dos dias 21 de agosto a 25 de setembro de 2023, 21.787 mulheres de 16 anos ou mais foram entrevistadas por telefone, em amostra representativa da opinião da população feminina brasileira.

Desde seu lançamento, o Mapa teve duas atualizações (em fevereiro e junho de 2024), foi apresentado internacionalmente na 68ª Comission on the Status of Women (CSW) na Organização das Nações Unidas (ONU), e recebeu o prêmio na categoria Impacto Global pelo Qlik Transformation Awards, um dos maiores evento de arquitetura e visualização de dados do mundo.

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