Jornal DR1

Deleite Linguístico: 127 anos da Academia Brasileira de Letras 

Que noite! Leitura do discurso de Machado de Assis, em 20 de julho de 1897.  Entrega do Prêmio Machado de Assis à Adélia Prado e muita emoção! 

Adélia Prado era professora e começou a escrever versos de enorme encantamento. O segundo livro “Coração Despertado” recebeu o Prêmio Jabuti, por mérito de sua produção ímpar. Ao todo, são dezoito livros publicados por essa mineira de Divinópolis.

A poesia de Adélia, feminista aguerrida, brilhou, encantou, já que se dedicou a examinar o universo feminino,  falando da existência dela mesma e da existência do mundo.

Adélia ilumina o universo feminino,  desnudando a mulher comum e o cotidiano do casamento.

Poeticamente Adélia, em seus poemas,  aborda o erotismo e a religiosidade, carregando na alma a bandeira da liberdade! Por tudo isso,  deixo este excerto do poema intitulado “Com licença poética”:

“Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta,  anunciou:

vai carregar bandeira.

Cargo pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada”.

Que nada, Adélia, “mulher é desdobrável. Eu sou”.

Retifico, querida,  nós somos!

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