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Campanha para salvar a vida de bebês ilumina grandes monumentos urbanos e pontos turísticos do Brasil

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Setembro Verde Esperança destaca a necessidade de se ampliar investimentos em recursos para prevenir mortes de recém-nascidos por asfixia perinatal; iluminação verde inclui pontes, museus, viadutos e outros locais com grande circulação de pessoas

A terceira maior causa de mortes de recém-nascidos no mundo – conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) – a asfixia perinatal, é o tema do Setembro Verde Esperança 2024, ação promovida pelo Instituto Protegendo Cérebros, Salvando Futuros em parceria com diversas instituições do Brasil e do mundo. Com o mote #EuRespiroaVida, o objetivo, além de conscientizar toda a sociedade, é disseminar conhecimento e estratégias para prevenção de sequelas neurológicas em bebês ainda na maternidade.

Em São Paulo, por meio da parceria com a prefeitura da capital, uma iluminação verde pode ser vista em espaços famosos da cidade nos dias 01, 26, 27, 28 e 30 de setembro como: Ponte Octávio Frias de Oliveira (Ponte Estaiada); Pateo do Collegio; Viaduto do Chá; Biblioteca Mário de Andrade.

A campanha alcança outras capitais, como o Distrito Federal (DF), que teve o Senado Federal iluminado de verde, nos dias 17 e 18 de setembro. No Rio de Janeiro (RJ), o Cristo Redentor iluminado recebeu a cor da campanha no dia 25 de setembro, das 18h às 19h. Em Manaus (AM), o Teatro Amazonas ganha a decoração tema da campanha nos dias 19 e 27. Já em Goiânia (GO), a luz verde chegará ao Monumento dos Três Marcos e ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CREMEGO), ambos no dia 27.
 

“Nosso objetivo é sensibilizar os setores público, privado e a sociedade de uma forma geral para a importância de políticas que visem a prevenção e o tratamento adequado e a redução do número de mortes de crianças devido à doença. No Brasil, são dois a três bebês por hora que nascem com falta de oxigenação no cérebro. Esse impacto precisa ser percebido e evitado por meio de medidas preventivas e estratégias de neuroproteção. A iluminação em monumentos públicos é uma das diversas estratégias que adotamos para chamar a atenção para essa causa”, afirma o médico neonatologista Gabriel Variane, fundador do Instituto Protegendo Cérebros, Salvando Futuros.

O Setembro Verde Esperança também recebe apoio de entidades médicas, empresas públicas e privadas, além de associações de grande representatividade como AACD, entre outras.
 

“Essa campanha é fundamental e fazemos questão de estar ao lado do Instituto Protegendo Cérebros, Salvando Futuros. Hoje a patologia que mais atendemos em nossos centros de reabilitação é a paralisia cerebral e boa parte são casos advindos da asfixia perinatal. Por isso sabemos a importância de chamar atenção para essa causa com o intuito de proteger e dar mais qualidade de vida aos recém-nascidos”, diz Edson Brito, superintendente de Marketing e Relações Institucionais da AACD.

A diretora de Marketing do Instituto Protegendo Cérebros, Salvando Futuro, Flávia Pascoal, fala sobre o alcance da campanha que está presente em quase todo o país.

“Ficamos muito felizes pela amplitude que a campanha tem alcançado, principalmente por se tratar de uma campanha white label, o que significa que qualquer pessoa ou instituição pode abraçar essa causa, participando da campanha com a #EuRespiroaVida. Percebemos que a causa tem atingido o público em todos os lugares do país, do Amapá ao Rio Grande do Sul, tornando-se parte do calendário anual de campanhas nacionais sobre saúde e qualidade de vida. Contribuir com o Setembro Verde Esperança é também participar de um movimento que é capaz de mudar o destino de milhares de crianças e suas famílias”, comenta.

Cenário da asfixia perinatal no Brasil e no mundo

A asfixia perinatal ocorre quando falta oxigenação no cérebro pouco antes, durante ou logo depois do parto. Após realizado o diagnóstico, estima-se que menos de 5% dos bebês tenham acesso ao tratamento e suporte mais adequado no Brasil, segundo estudo publicado no American Journal of Perinatology (2019). Como consequência, grande parte desses recém-nascidos podem ter seus futuros comprometidos por diversas sequelas neurológicas, muitas vezes evitáveis, como paralisia cerebral, deficiência cognitiva, cegueira ou surdez.

No Brasil, estima-se que 20 a 30 mil crianças por ano nascem com problemas de oxigenação no cérebro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o quadro representa 23% de todas as mortes de recém-nascidos, tornando-se a terceira maior causa de óbitos neonatais no mundo. Estratégias de prevenção, tratamento e acompanhamento precisam ser elencadas.

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