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Morre a voz do jornalismo

Foto: divulgação

Cid Moreira, um dos rostos e voz mais marcantes do telejornalismo, estava internado tratando uma pneumonia

Morreu nesta quinta-feira (3) o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos rostos mais icônicos do jornalismo da televisão brasileira, aos 97 anos.

Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia. Cid morreu por volta das 8h, de insuficiência renal crônica.

Conhecido por ser o primeiro apresentador do Jornal Nacional, Cid começou na rádio Difusora de Taubaté, como contador aos quinze anos. Como sua voz era muito bonita e grave, foi convidado para ser locutor. Em 1951 foi contratado para a Rádio Mayrink Veiga. Ali permaneceu por doze anos como um dos principais narradores até ser contratado pela extinta TV Excelsior. Em 1955, atuou como ator no filme Angu de caroço, voltando ao cargo de narrador em 1958 no filme Traficantes do Crime.

Na época áurea do cinema, foi narrador dos jornais de cinema da maior parte dos estados brasileiros. Apresentou entre 1969 e 1996 o Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, sendo um recordista como um âncora que mais tempo esteve à frente de um mesmo telejornal. A estreia do Jornal Nacional em 1.º de setembro de 1969 e a última edição de Cid Moreira como âncora do Jornal Nacional ocorreu em 29 de março de 1996.

Cid é célebre, também, pela gravação, feita em 2001, em áudio da Bíblia cristã na íntegra e em linguagem atual. Os CDs com sua locução alçaram um enorme sucesso de vendas, chegando hoje a 33 milhões de cópias. Aos 87 anos e setenta de carreira, Cid publicou o livro Boa Noite. O nome de sua biografia deve-se à sua frase “Boa Noite!”, com a qual encerrava o Jornal Nacional. Segundo o Memória Globo, Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional cerca de 8 mil vezes.

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