Jornal DR1

Vacina contra raiva merece atenção o ano todo

A doença, que é fatal para animais e humanos, pode ser transmitida em qualquer época do ano

No Brasil, agosto é o período do ano em que as cadelas mais entram no cio, o que provoca uma reação agressiva nos machos, por essa razão, agosto ficou conhecido como o Mês do Cachorro Louco e assim foi associado às campanhas de vacinação contra a raiva. Os cães, em disputa pelas fêmeas, se mordem e podem propagar mais rapidamente a raiva, doença viral, sem cura, que afeta o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo humanos.

Porém, a ciência já comprovou que a doença pode ser transmitida em qualquer época do ano e a tradição de associar o mês de agosto à raiva foi mantida apenas como forma de chamar a atenção da população para uma questão que é de saúde pública.

Portanto, a vacinação deve ser realizada a qualquer tempo, pois a doença não tem cura e só a vacina é capaz de evitar o contágio. A taxa de mortalidade da raiva é de 100%, após surgirem os sintomas, tanto em pessoas quanto em animais. “Como mamíferos, cães e gatos de estimação estão suscetíveis à doença que provoca uma série de sintomas graves, incluindo agressividade e paralisia. Por isso, donos de pets têm todos os motivos para não se descuidarem do calendário de vacinação”, alerta a médica-veterinária, Emilene Prudente, gerente de produtos da Zoetis.

A vacinação de cães e gatos é a principal estratégia de controle, pois impede que o vírus da raiva circule entre os animais domésticos e humanos. No Brasil, graças às campanhas de vacinação, o número de casos de raiva em humanos diminuiu significativamente nas últimas décadas, mas, como no caso de outras doenças, se não houver engajamento dos tutores de animais de estimação pode haver retrocessos. Portanto, independentemente do mês, é importante lembrar que ao vacinar cães e gatos, evita-se a disseminação de uma doença que provoca muito sofrimento e é fatal.

Sobre a raiva

A doença é caracterizada por sintomas neurológicos em animais e seres humanos. O vírus multiplica-se no local da lesão e migra para o sistema nervoso e, a partir daí, para diferentes órgãos. Ela gera uma encefalite aguda capaz de levar as vítimas ao óbito em praticamente 100% dos casos.

‌Estima-se que a cada ano cerca 60 mil pessoas morram no mundo devido à infecção causada pelo vírus da raiva, sendo 40% delas crianças. A eliminação da raiva humana é possível, mas, para isso, é necessário manter os gatos e cachorros domésticos vacinados, além de evitar o contato com animais silvestres.

Vacinar os cães e gatos é a medida mais importante para evitar a contaminação de seres humanos com o vírus da raiva. Embora se tenha eliminado as variantes do vírus mais comuns nos cães e gatos, existe o risco deles se contaminarem ao morderem um morcego.

Confira também

Nosso canal

RADIO DR1 - PROGRAMA INSPIRA AÇÃO - 22 NOV 24