Sociedade Brasileira de Diabetes, que durante o Novembro Diabetes Azul está divulgando o lema bem-estar, diz que faltou sensibilidade e conhecimento e repudia decisão
Em pleno Novembro Diabetes Azul, quando a Sociedade Brasileira de Diabetes divulga o que é diabetes, seus sintomas, tratamentos e, principalmente, o lema de bem-estar aos portadores da doença, nos deparamos com uma situação bizarra, que foi a retirada de um jovem com diabetes tipo 1 da sala onde prestava o Enem porque o seu celular tocou o sensor para alertar que sua glicemia não estava adequadamente controlada.
“Nos parece, no mínimo, uma falta de sensibilidade, para não falar de total desconhecimento, o que aconteceu com esse jovem em Sobradinho, no Rio Grande do Sul”, diz o presidente da SBD, dr. Ruy Lyra. “Nós, da Sociedade Brasileira de Diabetes, buscamos facilitar a vida das pessoas com diabetes”, diz dr. Ruy. Isso inclui conversações com o MEC a fim de existir a possibilidade de as pessoas com diabetes, em especial as do tipo 1, que necessitam de insulinoterapia, a entrarem nas salas de aula com seus celulares. “Eles são importantes porque fornecem informações sobre a glicemia e alertam quando há necessidade de intervenção.”
A SBD lembra que apoia as ações para que crianças e jovens não usem celular nas salas de aula, mas, em algumas situações particulares, dentre elas as pessoas com diabetes que necessitam de insulina para manter a glicemia controlada, é fundamental que elas fiquem com seus celulares o tempo todo.
“Em nome da Sociedade Brasileira de Diabetes, nós repudiamos veementemente o tipo de postura verificada no Rio Grande do Sul, ceifando do jovem a possibilidade de terminar sua prova do Enem e atingir seus objetivos. Nós apoiamos esse jovem com diabetes, nos coadunamos com seu sentimento e repudiamos toda e qualquer medida parecida com a que ele se deparou no último domingo.”