Jornal DR1

A brilhante trajetória de Milton Cunha

Reprodução

Carnavalesco, comentarista e referência na cultura popular

Nascido em Belém e criado na Ilha de Marajó.  Foi mal compreendido por sua família devido a homossexualidade, Milton, com 19 anos, se mudou do Pará para o Rio de Janeiro, em 1982, nunca mais veria seus pais pessoalmente. Uma vez na cidade do Rio, o talento artístico de Milton começa a ser reconhecido; seu primeiro mecenas foi o empresário da noite Chico Recarey, dono de famosas boates da cidade à época. Formou-se em Psicologia. Dez anos depois, incentivado pelo presidente de honra da escola de samba Beija-Flor Anísio Abraão David, Milton Cunha tornaria-se carnavalesco.

Iniciou sua carreira de carnavalesco na Beija-Flor, herdando o escritório do carnavalesco Joãosinho Trinta; sua estreia o colocou de imediato entre os cinco melhores do carnaval do Rio. Na Beija-Flor, Milton ficou de 1994 a 1997, Depois passou pela União da Ilha, Leandro de Itaquera de São Paulo, Unidos da Tijuca e em seguida foi para a São Clemente, onde ficou por dois anos tendo inclusive estreado no Grupo A. Em 2006, foi carnavalesco da Viradouro e no ano seguinte, continuou no outro lado da “poça”, só que como da Porto da Pedra. No carnaval de 2008 se afastou, mas foi convidado para participar da comissão de carnaval da São Clemente, mas só elaborando o enredo. Em 2009, voltou a ser carnavalesco da Viradouro e no ano seguinte continuou em Niteroi, só que como carnavalesco da Cubango. A partir de 2007 iniciou sua carreira internacional trabalhando no Brazilian Ball do Canadá, Toronto, onde esteve até a última edição do baile, em setembro de 2012. A partir de 2010 tornou-se o carnavalesco da primeira escola de samba de San Luis: a Sierras del Carnaval realizando os desfiles de 2010 a 2013. Nos últimos quatro anos realizou trabalhos relacionados ao carnaval em Estocolmo, Londres e Joanesburgo. Trabalhou como cenógrafo de Shows em Angola e Brasil, para artistas como Luan Santana e Ney Matogrosso.

Em 2013 foi para a TV Globo, onde comenta os desfiles da Série A e Grupo Especial. Ainda durante o carnaval, acertou sua ida a Record, onde foi um dos jurados do Got Talent Brasil[13] e chegou a fazer uma participação especial na novela Balacobaco.[14] Retornou à Globo para comentar os desfiles do Grupo Especial, e em 2014 fez um especial para a Copa do Mundo no RJTV, chamado Me Dá Um Help Aí. No mesmo telejornal, o carnavalesco passou a apresentar a coluna “Enredo e Samba”.

Permaneceu como comentarista do Desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro na TV Globo e exerceu a mesma função no desfile das campeãs pelo portal G1. Em maio de 2015, Milton foi escolhido pela nova liga de carnaval “Associação Samba é Nosso” para ser o diretor cultural da entidade. Em 2024, Milton também comentou o desfile das escolas de samba de São Paulo na TV Globo.

Discreto ao divulgar sua vida pessoal, Milton Cunha é casado desde meados de 2007 com o professor de Educação Física Eduardo Costa; o qual o conheceu através da internet.