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A cada dez alunos do 4º Ano, quatro não dominam a leitura.

Hábito de leitura crianças

 

Estudo internacional revelou dado preocupante e o Brasil ficou nas últimas colocações na avaliação.

Quase 40% dos estudantes brasileiros do 4º ano do ensino fundamental não dominam habilidades básicas de leitura, de acordo com o Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS) de 2021. Realizado em 65 países e regiões, o estudo revela que o Brasil ficou entre os últimos colocados na avaliação internacional.

Comparado a outros países, apenas 5% dos estudantes em 21 nações têm dificuldades na leitura, enquanto no Brasil esse número chega a 38%. Apenas 13% dos alunos brasileiros foram considerados proficientes em compreensão da leitura no 4º ano de escolaridade.

O PIRLS avaliou mais de 400 mil estudantes em 57 países, incluindo o Brasil, que participou pela primeira vez. Os resultados mostram que a pontuação média dos estudantes brasileiros está no nível mais baixo da escala de proficiência, ficando significativamente abaixo de outros 58 países avaliados.

Além disso, o estudo revelou desigualdades educacionais no sistema brasileiro, com diferenças de desempenho associadas à origem socioeconômica, sexo e cor dos estudantes. As meninas apresentaram um desempenho superior aos meninos, e os estudantes autodeclarados brancos e amarelos tiveram um desempenho melhor do que os estudantes pretos, pardos e indígenas.

A pandemia de COVID-19 impactou a aplicação dos testes no Brasil, devido às escolas operando em regime remoto ou híbrido. No entanto, especialistas afirmam que os resultados ruins do país já existiam antes da pandemia.

O PIRLS recomendou intervenção do governo brasileiro por meio de políticas públicas e destacou a importância de uma maior exigência nas avaliações nacionais. Especialistas sugerem investir em um sistema de ensino que dê suporte aos estudantes, priorize o hábito de leitura e promova a formação de professores.

Em resposta, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) destacou o rigor técnico das avaliações nacionais e internacionais e afirmou que as informações são complementares e auxiliam na compreensão do cenário educacional.

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