Na CPI da Cloroquina, uma vergonha nacional. Nos deparamos e somos obrigados a conviver com uma nefasta e, por que não dizer, uma violenta inversão de valores no que se refere a ética e a moralidade.
Os mecanismos das instituições governamentais, Congresso Nacional (Câmara e Senado), Poder Judiciário (STF) e os demais poderes Estaduais e Municipais, estão governando para os corruptos e corruptores, que implementam uma sangria dos cofres públicos em detrimentos da Saúde da população, principalmente da população carente, que necessita de hospitais públicos para se socorrerem. Afinal, muito embora exista corrupção nas clínicas e hospitais privados, não se comparam com a saúde pública.
Temos de um lado a sociedade, organizada ou desorganizada, clamando por JUSTIÇA!, clamando por moralidade, por ética e pelo fim da corrupção com todos os corruptos presos e seus bens confiscados. Com forte apoio às operações da “Lava Jato”, a sociedade tem mandado recado aos representantes no Congresso e no Judiciário. Entretanto, ou eles ainda não ouviram as vozes da rua ou estão ignorando solenemente, pois, afinal, já conseguiram o que queriam. Estão lá encastelados numa “redoma de ouro”, com altos salários, medicina da mais alta qualidade e sem ônus, refeições também da mais alta qualidade, carro e combustível sem limites, viagens aéreas para todo lugar do mundo sem custo e muita grana para viver 300 anos.
O que podemos esperar dessa “casta” que consome milhões de dólares dos nossos bolsos? Óbvio que não podemos esperar nada. Por isso, nos deparamos com uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como inquisidores Omar Aziz – um dos maiores corruptos do Estado da Amazônia -, Renan Calheiros – com uma ficha tão suja que dispensa comentários – e mais alguns outros que não há necessidade de apontá-los.
Temos um Supremo Tribunal Federal com 11 ministros, alguns dos quais também sendo investigados por estarem envolvidos em corrupção, em particular Dias Tófolli (que votou contra a delação premiada de Sérgio Cabral), Enrique Ricardo Lewandowski (que manteve os direitos políticos da ex-presidente Dilma), Marco Aurélio Mendes de Farias Mello (que libertou dezenas de criminosos da mais alta periculosidade). Gilmar Ferreira Mendes (o libertador de corruptos), Alexandre de Morais (que jogou no lixo nossa Constituição Federal, solta corruptos e manda prender cidadãos de bem).
A situação criada com a inversão de valores está muito bem representada no discurso do o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que elogiou em seu perfil no Twitter o trabalho dos senadores Omar Aziz, Renan Calheiros, Otto Alencar, Randolfe Rodrigues, Humberto Costa e Rogério Carvalho, na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado.
Lula disse que os congressistas estão fazendo um “trabalho de muita responsabilidade”. Ele afirma que “todo mundo que foi falar pelo governo mentiu” e pede à CPI mais um depoimento dessas pessoas. Ele ainda afirmou que o governo Bolsonaro é “responsável pelas mortes que ocorreram no Brasil em consequência da covid-19”. O petista reivindica a vacina e o auxílio emergencial para diminuir as consequências causadas pelo coronavírus.
Como a memória do ex-presidente Lula também é curta, ele esqueceu de dizer que durante os governos Lula e Dilma, a herança deixada foi de 50 milhões vivendo abaixo da linha da miséria e 15 milhões de desempregados. E que só está solto porque, dos 11 “Deuses do Olimpo”, 7 foram nomeados por ele.
Que País é esse? Precisa ser estudo pela NASA.