Conheça um pouco mais sobre a rua onde fica a sede do Jornal DR1!
O Centro do Rio de Janeiro vive e respira história: cada rua, cada beco, cada prédio faz ecoar um passado não muito distante da nossa atualidade, que mesmo soterrado, ainda molda o presente da nossa cidade. Uma das ruas que vamos abordar nesta edição contém tanto importância histórica para o Rio quanto para o Jornal DR1: a Rua São José.
Outrora, a rua se chamava “Manuel Rodrigues, o pasteleiro”, talvez, remetendo ao nome de um importante comerciante da região. Esta informação não exatamente precisa, pois não há muitos documentos ou evidências que comprovem este batismo da rua em si, mas o fato importante é que a via ligou dois pontos importantes do Rio Antigo: a Ladeira da Misericórdia e a extinta Rua da Ajuda.
São pontos importantes porque a Ladeira da Misericórdia foi a primeira via pública do Rio de Janeiro: no pé do Monte Castelo, recebeu esse nome por dar acesso a Igreja da Misericórdia (hoje, Nossa Senhora de Bonsucesso). Em 1567, tanto a ladeira quanto o Monte Castelo foram as primeiras edificações do que seria o Rio de Janeiro que conhecemos.
Hoje o ponto mais conhecido da rua é justamente a igreja que lhe dá o nome, a Igreja de São José, conhecida pelo seu famoso segredo atrás do altar, onde é possível acessar quando não se tem missa. Porém, tal nem ponto nem sempre foi uma igreja e sim um porto: o mar chegada onde hoje é uma rua onde passam centenas de pessoas por dia.
Neste porto, chegavam navios vindo com suprimentos necessários para os colonos da cidade e eram transportados até a Rua da Ajuda, onde eram distribuídos para a população. A Rua da Ajuda praticamente não existe mais, pois foi aterrada para a contrução da Avenida Rio Branco. O antigo porto também foi aterrado para a construção da igreja que hoje é referência para a via.
Saindo do período colonial e indo para os tempos imperiais, a Rua São José chegou a abrigar o homem mais rico da época, o Barão das Catas Altas, João Batista Ferreira de Sousa Coutinho. Este barão ganhou o título das próprias mãos de Dom Pedro I e era natural de Minas Gerais. Catas Altas acabou herdando uma boa quantia em ouro de seu sogro e tio, acumulando a fortuna mais alta do primeiro período imperial. Todavia, a vida regada à farra e gastos exorbitantes do Barão o deixaram pobre, morrendo aos 49 de idade em nenhum tostão.
Ainda no império, a Rua São José tinha uma formatação completamente diferente da atual: só sobrou o estreito canal de paralelepípedos, mas a rua era arborizada de ponta a ponta, por mais incrível que pareça! Porém, continua tão movimentada quanto antes, sempre foi assim e assim será.
Além da Igreja São José, há o Palácio Tiradentes, onde antes era o prédio da Casa Câmara e Cadeia, que ficava os deputados nos andares de cima e criminosos presos nos andar de baixo. O Convento do Carmo e Buraco do Lume são outros pontos nos quais se tem acesso pela rua também.
Mas, o mais interessante é que a Rua São José, no nº90, fica a sede do Jornal DR1! Então, quando estiver passando aos arredores do Centro, saiba que está pertinho da nossa redação! Nos dê um ‘oi’!