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AIB News: A Jornada do Herói

Quando se fala de bravura, determinação e heroísmo dos soldados brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundial, um nome se destaca: o do sargento Max Wolff Filho. Considerado por muitos historiadores e pesquisadores em História Militar como o maior herói da Força Expedicionária Brasileira (FEB)  Max Wollf Filho era um paranaense da cidade de Rio Negro, onde nasceu há mais de 100 anos em 1911.

Ainda criança trabalhou no negócio de torrefação de café da família e já na juventude atuou como escriturário numa companhia de navegação do rio Iguaçu, onde também ajudava a ensacar e transportar erva-mate.

Prestou o serviço militar no 15° Batalhão de Caçadores em Curitiba e depois foi para o Rio de Janeiro, se incorporando à Polícia da Capital do país, na época, onde chegou a ser instrutor de defesa pessoal.

Quando o Brasil entra na guerra contra o Eixo Berlim-Roma-Tóquio, se alista voluntariamente para fazer parte da FEB, passando a integrar o 11° Regimento de Infantaria (RI), de São João Del Rei-MG.

Na Itália, logo se destacou pela coragem, sendo sempre voluntário para as missões consideradas mais perigosas e difíceis, ganhando assim o respeito dos oficiais superiores, a admiração dos subordinados e a confiança de todos.

Tinha tanto orgulho de pertencer à Força Expedicionária no combate ao nazifascismo, que chegou a escrever do front uma carta para a irmã Isabel, dizendo que: ‘’ se a morte o visitasse, morreria com satisfação’’.

Tombou em combate numa patrulha que comandava, para a qual mais uma vez tinha sido voluntário, em 12 de abril de 1945, atingido pelo fogo da terrível metralhadora alemã MG-42, durante a famosa Batalha de Montese.

Toda a jornada deste icônico personagem da nossa história é a grande inspiração do livro ‘’Fibra De Herói’’, do historiador, professor, escritor e ex-militar da Marinha do Brasil Ulisses Vakirtzis.

O autor proporciona aos leitores uma jornada épica pela atuação heroica da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, utilizando um enfoque bem original, pois a narrativa é feita a partir da perspectiva da presença e atuação e também do perfil psicológico do próprio Max Wolff Filho.

O trabalho de pesquisa envolveu relatos de ex-combatentes que conheceram o sargento, de correspondentes de guerra como os jornalistas Rubem Braga e Joel Silveira e ainda da filha do sargento, Hilda Chaves Wolff.

“Fibra de Herói” não é apenas um relato histórico, mas uma homenagem à memória de grandes heróis brasileiros, como o sargento Max Wolff Filho que, mesmo muitas vezes esquecidos, desempenharam um papel fundamental na defesa da democracia e da liberdade.

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