Nascido no dia 14 de novembro de 1956, em uma família de raízes turcas e libanesas, Almir Eduardo Melke Sater, é natural de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, filho de um comerciante e de uma professora de inglês.
Começou a tocar violão aos 12 anos de idade. Com 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar direito na Faculdade Cândido Mendes.
Na capital fluminense, assistiu à apresentação de uma dupla de violeiros mineiros numa feira nordestina no Largo do Machado, Zona Sul do Rio, se encantando com a sonoridade e os recursos da viola caipira.
A paixão pelo novo instrumento o fez abandonar o curso de direito e o sonho da família de vê-lo como profissional liberal. Estudou a viola caipira e tornou-se fã do violeiro Tião Carreiro.
Voltando a Campo Grande, como músico, formou com o amigo Maurício Barros a dupla Lupe (Almir) e Lampião (Mauricio), conquistando o quarto lugar no Festival Sertanejo na TV Record em 1978. No ano seguinte, partiu para São Paulo, por lá fez alguns shows com o grupo Lírio Selvagem, liderado pela sua conterrânea, a cantora Tetê Espíndola, e, posteriormente, acompanhou a cantora e compositora Diana Pequeno. Almir apresentou suas músicas em teatros paulistanos e despertou a atenção da gravadora Continental, que o convidou para gravar seu primeiro disco no ano de 1981.
Gravou seu primeiro disco em 1981, Estradeiro, contando com a participação de Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e Paulo Simões. Fez parte da Geração Prata da Casa no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense.
Selou de vez a parceria com Paulo Simões em 1982, ao lançar o álbum Doma. Os dois junto com o maestro e violinista Zé Gomes, o jornalista e pesquisador Zuza Homem de Mello e do fotógrafo Raimundo Alves Filho, iniciaram uma comitiva que explorou o Pantanal, realizando registros fotográficos, pesquisando o modo de vida dos pantaneiros de maneira poética, enquanto percorriam o Paiaguás, Nhecolândia, Piquiri, São Lourenço e Abobral. Esse projeto, batizado de Comitiva Esperança, resultou em documentário coproduzido pelo próprio artista, juntamente com Paulo Simões, além do álbum Almir Sater Instrumental.
Ao lançar o álbum Cria (1986), onde revelou suas primeiras composições com Renato Teixeira. No ano seguinte fez a sua estreia como ator no drama As Bellas da Billings (1987), de Ozualdo Candeias.
Participou do Free Jazz Festival, no Rio de Janeiro, em 1989, e viajou para Nashville, a capital da música country nos Estados Unidos, onde gravou o disco Rasta Bonito.
Seu nome e sua música ganham projeção nacional ao atuar na novela Pantanal de Benedito Ruy Barbosa em 1990 na TV Manchete.
Participou de outras novelas – A História de Ana Raio e Zé Trovão (TV Manchete, 1990/1991), O Rei do Gado (TV Globo, 1996), Bicho do Mato (TV Record, 2006). Conquista o Prêmio Sharp de melhor disco instrumental em 1990 com o álbum Instrumental II (Eldorado) e de melhor música (Tocando em Frente, composta com Renato Teixeira e interpretada por Maria Bethânia). Cumpre uma intensa agenda de shows pelo Brasil, que registra no disco Almir Sater ao Vivo (Sony Music, 1992), com músicas autorais e clássicos caipiras, como Moreninha Linda (Tonico, Priminho e Maninho). Em 1994 lança o disco Terra dos Sonhos (Velas), seguido de Caminhos Me Levem (Som Livre, 1997) e Sete Sinais (Velas, 2006).