O caso em que americano agride namorada dentro de um condomínio na Zona Sul do Rio veio à tona após imagens de câmeras de segurança revelarem cenas de violência registradas no elevador do prédio, localizado em Botafogo. O episódio aconteceu no dia 26 de outubro e mobilizou moradores, policiais e a administração do edifício.
Nas imagens, o turista aparece desferindo socos contra a companheira, também cidadã dos Estados Unidos. O casal estava hospedado no prédio por meio de uma plataforma de aluguel por temporada e, segundo as investigações, as agressões teriam começado já no primeiro dia de estadia no local.
Após a primeira agressão registrada no elevador, a mulher ainda teria sido atacada pelo menos mais três vezes em um intervalo inferior a 24 horas. Em uma dessas ocorrências, ela precisou receber 26 pontos na cabeça devido à gravidade dos ferimentos.
Moradores do prédio acionaram imediatamente a polícia ao perceberem a situação. A síndica do condomínio, Amanda Di Massi, relatou que o homem tentou se desfazer de possíveis provas logo após os episódios de violência.
“A cena que vimos foram horrorosas. Eu escutei os barulhos à noite, corri até a porta, ouvi os gritos e escutei um barulho de cabeça batendo na parede. Olhei pela janela e vi que ele jogava roupas pela janela, toalhas molhadas e roupas ensanguentadas. Foi aí que a polícia chegou e eu mostrei o vídeo da primeira agressão no elevador. Então, ele foi preso em flagrante”, relatou a síndica em depoimento à TV Globo.
A comunicação com o casal foi feita com o apoio de um vizinho fluente em inglês, que ajudou a traduzir as versões apresentadas no momento da abordagem policial.
“No primeiro momento, ela alegou que tinha sido agredida do lado de fora. Só que vimos nas câmeras que ela não tinha sido agredida do lado de fora. Estava muito agitada e com o rosto totalmente desfigurado”, afirmou Pablo, morador do apartamento ao lado, também em depoimento à TV Globo.
O agressor, identificado como Eric Christian Diaz, foi preso em flagrante no dia das agressões com base na Lei Maria da Penha. No entanto, quinze dias depois, ele recebeu liberdade provisória e permanece no Rio de Janeiro enquanto o processo segue em tramitação.
A defesa do americano informou que, por se tratar de um caso que corre em segredo de Justiça, não irá comentar detalhes do processo, mas destacou que o cliente está colaborando com as investigações.
A Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante e a autuação conforme a legislação de combate à violência contra a mulher. Já o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou que o processo está sob sigilo, sem acesso público às informações.



