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Ana Marcela Cunha, a pitbull aquática

Ana Marcela Jesus Soares da Cunha, nascida em Salvador no dia 23 de março de 1992, é uma nadadora brasileira, campeã olímpica, que compete em provas de maratona aquática. Campeã do prêmio de maior nadadora de águas abertas do mundo por seis vezes (2010, 2014, 2015, 2017, 2018 e 2019). Nos Jogos Olímpicos de 2020, sagrou-se campeã olímpica, ao vencer a maratona aquática nas águas da Baía de Tóquio.

É considerada uma das maiores maratonistas aquáticas da história, tendo obtido, além do ouro olímpico em Tóquio 2020, catorze medalhas em mundiais, sendo sete de ouro, além de medalhas e títulos em todas as competições relevantes existentes. Suas inúmeras conquistas são comparáveis apenas às de Larisa Ilchenko, outra multimedalhista em mundiais.

Filha de pai nadador e mãe ginasta, começou a nadar aos dois anos, na creche que frequentava. Em 2001 passou a treinar no Clube Olímpico de Natação em Salvador e, em 2007, se transferiu para a Universidade Santa Cecília (UNISANTA), em Santos. Atualmente é Terceiro-Sargento da marinha brasileira. Participou da prova nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, realizados em Pequim, na qual terminou na quinta colocação na Maratona de 10 quilômetros.

Participou do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Roma 2009, onde ficou na 22.ª colocação na maratona de 10 km.

Ganhou a medalha de bronze no mundial da categoria, e foi campeã do circuito Copa do Mundo em 2010. Com isso, foi eleita pela Federação Internacional de Natação (FINA) a melhor nadadora de águas abertas desta temporada, e também ganhou o prêmio Brasil Olímpico.

Uma torcedora fervorosa é a sua namorada, Maria Clara Fontoura. As duas começaram a se relacionar em 2021 e o romance engrenou mesmo com a rotina de treinos de Ana Marcela e a distância.  A atleta conta que nunca viveu situações de discriminação, mas sempre foi de “muito cuidado”. “Nunca passei por nada, nunca tive nenhum problema. Mas tenho medo de dar a mão na rua”, afirmou em entrevista.

Ela ainda não tem planos definidos para quando encerrar a carreira de atleta. Ana Marcela quer continuar competindo. “Espero que por muitos anos e com muita dedicação. Enquanto eu estiver feliz…”, avisa ela, que não esconde a vontade de, um dia, fazer algo voltado à educação. “Tenho muita vontade de virar técnica, de ir para a borda da piscina”, adianta.

Ana Marcela é uma grande defensora do esporte como ferramenta para a educação e a saúde. “É uma alegria muito grande ver tanta gente interessada em esportes com a repercussão das medalhas nos Jogos”, diz ela, sobre o tradicional interesse pós-Olimpíadas. “Esporte é, antes de tudo, saúde e isso é muito importante. O esporte educa e a gente sabe que pode salvar vidas em locais periféricos mais complicados”.

A nadadora sempre defende a igualdade de gênero quando pode: “A mulher pode ser o que ela quiser, onde quiser e como quiser. [A medalha] também é fruto do tanto que a gente vem recebendo de ajuda por igualdade”, disse em entrevista coletiva.

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