Na quinta-feira, a 42ª DP (Recreio) e a Prefeitura do Rio foram à sede da ONG, na Estrada dos Bandeirantes, para averiguar uma denúncia de um vizinho do estabelecimento.
A 42ª Delegacia de Polícia (Recreio dos Bandeirantes) abriu um inquérito para investigar denúncias de maus-tratos a animais em um abrigo localizado em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, centenas de cães e gatos eram mantidos no local em condições precárias de higiene e saúde.
A denúncia foi feita por um vizinho do abrigo. Na última quinta-feira (22), agentes foram até a sede da ONG, situada na Estrada dos Bandeirantes, acompanhados por equipes da Subprefeitura do Recreio e da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (SMPDA). Durante a vistoria, a responsável pelo espaço não foi encontrada.
No interior do abrigo, os policiais encontraram dez corpos de animais armazenados em um freezer. Segundo o relatório, cães e gatos doentes conviviam com os saudáveis em um ambiente insalubre, com fezes e urina espalhadas pelo chão. As imagens registradas no local mostram sujeira acumulada e más condições de alojamento.
A Polícia Civil informou que pedirá à Justiça a interdição do abrigo e que a responsável seja impedida de receber novos animais. Parte dos cães e gatos resgatados foi encaminhada para atendimento veterinário, enquanto outros aguardam acolhimento em abrigos temporários. A corporação também apura se os animais encontrados no freezer seriam encaminhados para cremação.
Em nota enviada à imprensa, a mulher responsável pelo espaço negou as acusações e afirmou que a denúncia partiu de um vizinho com quem teria um histórico de conflitos. “O denunciante tem histórico de desavença e agressão contra mim. Há registro policial, inclusive, com envenenamento de cães”, declarou.
Ela também criticou o que chamou de ação “truculenta e arbitrária” da polícia e dos agentes municipais. “Entraram sem mandado, com fuzis apontados para funcionários. Todos os abrigos sofrem com abandono diário de animais e falta de apoio do poder público”, afirmou.
Sobre os corpos encontrados no freezer, a responsável disse que os animais mortos são levados semanalmente ao crematório e que os cadáveres armazenados haviam morrido recentemente.
A investigação segue em andamento. A Polícia Civil busca novas entidades para acolher os animais e apura as circunstâncias das mortes e das condições sanitárias do abrigo.





